Felipe Soares colabora com o colunista João Pulita, titular deste espaço, que está em férias
Se concordamos que é importante dar um rumo às emoções como processo de evolução para uma sociedade civilizada, nos cabe então reconhecer que a cultura é um de seus mecanismos centrais. O que funciona como sutil guia e educador são as músicas que ouvimos, os filmes a que assistimos e as pinturas, esculturas e fotografias que temos em casa. Assim, para definir a missão da arte, uma de suas tarefas é nos ensinar a ser bons observadores. Andressa Genesini Rauber é uma catalisadora dessas atitudes positivas que através de seu talento com as cores demonstra as qualidades terapêuticas da arte em relação aos sentimentos.
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Três momentos que valeram a pena estar em meio a arte:
- Minha primeira exposição;
- O brilho no olho de quem admira uma pintura feita por mim;
- A satisfação e o desafio sempre que me procuram para traduzir em cores uma importante passagem de suas vidas.
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— Quando criança, não me imaginava trabalhando com arte, mas algo lá atrás já indicava essa direção. Minha admiração pela dança e pela música certamente influenciou esse caminho e hoje consigo entender como essa sensibilidade pode acontecer em diferentes momentos da vida. Posso afirmar que me realizo quando finalizo uma obra — conta a caxiense filha de Darci Rauber e Zelita Helena Genesini Rauber.
Nessa onda de infinitas possibilidades, Andressa elegeu o abstrato como forma de expressão devido a liberdade que o estilo permite em representar e traduzir por meio das cores o que ela é capaz de capturar no momento.
— Tenho a liberdade de explorar as possibilidades, ser conduzida pela tela, pelo trabalho, durante a criação. Houve um tempo em que todos os meus quadros tinham que ter a cor rosa, era algo que acontecia naturalmente. Hoje, busco a harmonia. Coloco a primeira cor, sinto o que ela me pede, aí vem a segunda e mais uma e outra. Sigo meu instinto — revela a esposa de Eduardo Faggion Corezola e mãe de Clara Rauber Corezola, três anos — O que considero mais inspirador é a contemplação diária, o cotidiano pode nos inspirar constantemente. A alegria está em viver feliz, em paz, ao lado do Eduardo e da Clara. Vê-la crescer feliz e poder levar a minha arte para mais e mais pessoas — finaliza.