O mundo pode estar em constante transformação, mas as flores sempre terão seu espaço garantido. É por acreditar nesse universo da arte floral como possibilidade de dar encanto e beleza dos diversos rituais da vida que Rozemeri Bastos transforma seu cotidiano em uma verdadeira declaração de amor a esse ofício.
A filha de Hermelino Bastos (in memoriam) e Ivandina Nunes da Silva, mãe de Elizabeth Bastos Weber e viúva do artista floral Fernando Weber diz que aprendeu tudo com o marido, que faleceu em 2016.
– Foi Fernando que me levou para o mundo das flores. No começo do nosso namoro eu não queria aprender. Comecei ajudando, mas fui me envolvendo, fazendo cursos – conta ela, revelando que a paixão pelo trabalho tem muito a ver com a satisfação dos clientes que atende: –Transformar o sonho das pessoas em realidade em uma festa de 15 anos, um casamento. Me realizo observando o conjunto final de cada decoração, vendo as pessoas felizes.
Rozemeri está nesse métier desde 2004. Além de comandar a FW Flores e Decorações, mais recentemente ela virou sócia de Joelza Cruz no espaço chamado Angel Festas.
– Sempre quis ter um espaço assim. É um sonho de muitos anos. A arte floral era um projeto do Fernando que dei continuidade. Agora a casa de festas é o meu sonho em construção – festeja.
Essa dedicação resulta em uma profissional disciplinada e zelosa de cada detalhe.
– Me encontrei profissionalmente e como pessoa. Quando vejo um evento pronto, fico muito feliz e exclamo: ‘Eu amo isso’. Sofro, não durmo enquanto as coisas não estão prontas – diz, determinada.
Vivendo entre dezenas de flores de cores e perfumes diversos, Rozemeri releva qual é a sua espécie preferida:
– A flor que eu mais gosto é a rosa cor de rosa. Ela tem perfume, beleza, que consegue traduzir o encanto da arte floral. Além de tudo, é uma flor muito forte – conta ela, defendendo a importância de seu trabalho: – A decoração e a arte floral deixa um evento completo.
E meio ao corre-corre, Rozemeri também encontra espaço para cuidar de si e dos prazeres da vida.
– Gosto muito de dançar, de ir à praia, à piscina, de brincar com a minha filha. Na pandemia, descobri o quanto é bom ter um tempo para a gente. Poder estar com a família não tem preço. Eu também amo viajar para conhecer pessoas, lugares, paisagens e outras flores – conta.
Assim, Rozemeri dá toques de beleza e suavidade a muitos momentos da vida dos outros. Mas, ao mesmo tempo, renova o viço e a alegria de viver em meio a tantas coisas bonitas com as quais trabalha.
– Me realizo em todos os aspectos. Trabalhar com flores me enobrece. É um trabalho que exige delicadeza, tem que entender as pessoas. A flor me proporcionou tudo o que tenho. Tem que amar muito isso tudo – resume.