Conversa
O bate-papo que o diretor da Tonederm, Cristiano Paganin, promoveu com a médica ginecologista e nutróloga Andréa Larissa Ribeiro, que em breve estará disponível nas redes sociais do empresário, permeou temas do universo da saúde que geram muitas dúvidas nas mulheres, como menopausa e seus efeitos no corpo e nos relacionamentos, sexualidade, vida após o câncer e a recuperação da autoestima. A entrevista foi gravada no estúdio instalado nas dependências da Tonederm, que é referência no desenvolvimento de equipamentos de saúde com a tecnologia da radiofrequência.
Italianíssimo
O Consulado da Itália no RS promove a 20ª Semana da Língua Italiana no Mundo, que ocorre sempre na terceira semana de outubro, entre os dias 19 e 25 com vistas a reforçar a cultura italiana no Estado, que há 150 anos foi destino de mais de 100 mil imigrantes. Trata-se de um evento tradicional que abarca gastronomia, cultura, artes e até design, durante sete dias, com transmissões de lives, seminários e videoconferências, realizadas em parceria com a Embaixada da Itália em Brasília, o Instituto Italiano de Cultura do Rio de Janeiro e a Câmara de Comércio do Rio Grande do Sul. Também participam ativamente a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Associação Vitorino Fabião Vieira e as secretarias estadual e municipal de Educação. Neste ano, a temática será “Italiano entre Palavra e Imagem”. O projeto, sob a liderança do Cônsul Geral Roberto Bortot, já está em preparação.
Rota do Sol
Luciana Alberti, sempre inventiva, criou uma loja temporária, a Boutique Ephémere, com a curadoria do Le Marché Chic, já faz tanto sucesso que ela estenderá sua permanência nos domínios do Pátio Eberle. O projeto, idealizado como alternativa ao cancelamento das feiras, foi lançado no início de setembro e seguirá até dezembro com a perspectiva das festas de fim de ano. Lulu ainda tem planos de levar todo o seu entourage para o Litoral Norte do Estado, instaurando sua bandeira na Praia de Atlântida, durante o mês de janeiro, com muito feito à mão, artesanato e originalidade.
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Luz, câmera e ação!
Melissa Casali Marques, a Mel Scare, filha de Maximo Antonio Casali e Evanir de Lourdes Casali, casada com Anselmo Marques e mãe de Davi Casali Marques, sete anos, formada em Comércio Exterior, é fundadora da Steelmach Brasil, empresa de importação de máquinas para indústria metalmecânica e transformadora de plástico, mas, atualmente tem voltado suas atenções e dedicação para o mundo do cinema com seu canal no YouTube, o MelScare, que aborda temas como curadoria de filmes de terror e cinema fantástico e no dia 31, servirá de palco para o lançamento de sua mais nova produção “O Medo Que Minha Sombra...”. Em entrevista para a coluna, Mel discorre sobre suas múltiplas linguagens, vida em família e lembranças da infância!
Qual o filme da sua infância e que relação faz com a sua trajetória? Muitos filmes ligam minha infância aos dias de hoje, lembro de ter momentos com a minha avó paterna Noemia (in memoriam), assistindo a produções de terror da época, me recordo de uma série, chamada “O Elo Perdido”, e por volta dos nove anos “Cristiane F.” e o clássico “O Exorcista”.
O que é o bom da vida? Ter esperança de dias melhores, é poder crescer como pessoa, ver em meu filho aquilo que tenho de bom e poder dar para ele e para minha família momentos que possam ser de boas lembranças e de aprendizagem.
Qual a passagem mais importante da tua biografia e que gênero e título teria se fosse um filme? Acho que a mais importante foi quando vi que poderia pôr as minhas ideias não só no papel, como também expô-las para outras pessoas apreciarem e assim discutirem sobre o tema, se fosse para ser um filme seria um drama com suspense intitulado: Aprender nunca é demais.
Se pudesse voltar à vida na pele de outra pessoa, quem seria? Uma outra versão rock star de mim mesma.
Gostaria de ter sabido antes... que seres humanos não são nota dez de cara, precisamos de tempo pra entendê-los.
Como despertou teu interesse pelo cinema? Foi o tempo que passava assistindo a filmes de terror com a minha avó, uma amante do gênero, e que me apresentou obras clássicas.
Quem é sua referência? O cineasta argentino Gaspar Noé. Gosto de sua forma autêntica de viver, se expressar e transformar em filme. Os momentos no set com os atores são parte do roteiro, que na maioria das vezes é improvisado. Qualquer produtora confiável não abraçaria um filme sem roteiro, menos os dele. Noé é um sedutor fora da caixa, que conquista genuinamente. Qualquer obra dele é naturalmente reconhecida por quem conhece o cinema. Sem deixar ficar tão pra trás assim dos cineastas block busters, Noé que começou no cinema alternativo, já tem um espaço orgânico e fiel no main stream.
Como enxerga o atual cenário do cinema brasileiro e como acredita que vai ser daqui para frente? Realmente não sou muito otimista quanto ao cenário nacional, temos grandes cineastas e produtores independentes, mas todos sofrem para conseguir fazer um curta-metragem, nada é feito sem ser nas grandes mídias e os pequenos, por vezes, precisam se desfazer de bens pessoais, para conseguir alcançar seu sonho. A maioria desses filmes que vemos hoje, nas redes de streaming, precisaram passar quase que sempre pelo cinema internacional, para só assim ter o reconhecimento, dentro da sua própria casa.
Qual a conexão entre cultura e cinema? Toda, sem dúvida, cinema é arte, é vida, independente do gênero, ele acalenta a alma, traz novas formas de pensamento.
A Serra gaúcha é um bom celeiro de novos talentos? Possibilita o desenvolvimento de bons projetos? Somos privilegiados, não só pelos talentos que temos, que já alcançam níveis internacionais, como também de beleza natural, é algo quase unânime.
No seu dia a dia, busca estabelecer uma relação com literatura, fotografia e artes plásticas? Como se dá esse passeio por múltiplas linguagens? Meu dia é basicamente rodeado de arte, assisto a filmes e a séries, sempre com olhar de curadora, leio muito, procuro sempre estar por dentro das atualidades.
Como é seu processo criativo? Qualquer momento, coisa ou pessoa pode me inspirar. Penso nas hipóteses de projeto, assisto a tudo e a qualquer coisa com um caderninho na mão, para anotar os detalhes, aqueles pontos que só se vê com muito treino. Após, começo a organizar em uma tabela, com perguntas e respostas, então, elaboro um roteiro inicial, compartilho para algumas pessoas e partir disso crio o roteiro final, já me preparo para a filmagem.
Por que optou por desenvolver projetos voltados ao gênero de terror? Sempre me fascinou, não que eu não goste de uma boa comédia, mas o terror é aquilo que me prende, que me faz pensar, que me leva a outros patamares.
Fale sobre seu novo filme “O Medo Que Minha Sombra...”: o curta-metragem foi idealizado por mim e pelo cineasta carioca, Leo Miguel e o tema principal, um mal que assola a muitas pessoas, há anos, mas que só agora, com a pandemia, o mundo resolveu dar atenção. O filme será lançado no meu canal do Youtube, no dia 31. A sinopse consiste em um cenário tomado pela pandemia e o confinamento social sob a perspectiva de Pedro que se viu ainda mais só. Atormentado pelos fantasmas que em consciência sabia ser a sublimação da sua dor, precisa decidir se enfrenta ou sucumbe ao mambembe destino do rebanho.
O que te inspira? Tudo me inspira, me dá vontade de buscar os porquês, se eu fosse colocar no papel tudo que me inspira, precisaria gravar uns cinco filmes por dia.
Um hábito que não abre mão? Aquele chimarrão da manhã é quase que um abridor de latas para minha cabeça.
Tem algum hobby? O que mais gosta de fazer no tempo livre? Leio, sempre procuro novidades, mas gosto muito de estar com a família, filho, marido, dois gatos e dois cachorros. São esses momentos com eles no sofá, assistindo aquele filminho, por mais bobo que seja, não abro mão disso jamais.
Quais são os seus planos para o futuro? Quero fazer um filme juntamente com um grupo de amigos, que nos autointitulamos de HorrorCollab, com eles criei um longa que já está indo para o “forno”.
A melhor invenção da humanidade? Com certeza votaria na internet, é nela que consigo buscar uma informação em segundos. Com ela tenho a possibilidade de expor tudo que penso sobre determinado filme ou série, para qualquer pessoa do mundo.
Quais músicas não saem da sua playlist? Meu gênero favorito é o metal, com Ozzy Osbourne. Gosto muito do rock progressista dos anos 1980 e 1990.
Um filme para assistir inúmeras vezes: O Cisne Negro. Essa obra, metaforicamente, nos mostra a resiliência do artista dedicado, a sublimação e o reconhecimento que envolvem várias camadas desse processo.
Uma qualidade: consigo extrair mínimos detalhes de qualquer coisa que assista. Penso que é um dom na verdade, acompanhando um comercial capto a real essência do que o idealizador quis imprimir ali.
Uma palavra-chave: empatia.
Reflexão de cabeceira? Amanhã serei melhor que hoje e continuarei, não por mim, mas pelo legado que deixarei para o meu filho e para outros filhos dos filhos que virão.