Gilmar Marcílio
As pessoas correm. Fazem. Produzem com alto grau de compulsão. E estão cansadas demais. Uma das queixas contumazes entre os pacientes de consultórios terapêuticos está relacionada à excessiva demanda de compromissos. Um pouco pelo mundo nos cobrar isso, aliado ao fato termos entrado num violento processo de neurose. Felizmente, o cérebro é moldável. Quando alteramos alguns hábitos e rotinas entrevemos terreno fértil para angariar novas possibilidades. Necessitamos, com urgência, deixar de validar conceitos e atitudes patológicos. Agimos no piloto automático para seguir o fluxo do senso comum. Há questões relacionadas às cobranças do mercado de trabalho, mas é possível abdicar de determinadas oportunidades em troca da paz de espírito. É tarefa difícil, pois viver cheio de adrenalina nos impulsiona a absorver novos conteúdos. Mas há um limite para tudo. Ao longo do tempo, fui me convencendo de que considerável número de doenças fixa, primeiro, residência em nossa mente para só depois ocupar o corpo. Não sei em que proporção acontece, mas com certeza deve ser colocado na balança.
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