A manifestação do presidente do PDT de Caxias do Sul, Rafael Bueno, na Câmara, abrindo voto, "como eleitor", ao candidato Maurício Scalco (PL) em segundo turno, dá margem a um questionamento importante: se o partido decidir por apoiar o candidato Adiló Didomenico (PSDB), o presidente do partido estará indo contra a decisão da sigla que ele preside. Bueno matou a charada:
– Isso (apoio a Adiló) não vai acontecer. Jamais vai acontecer. Eu sei quem compõe nossa executiva, que já está inclinada a ficar bem distante de Adiló.
"Se correr o bicho pega,
se ficar o bicho come"
Bueno tem a compreensão de que a decisão a ser tomada em segundo turno é muito difícil. Sobre Adiló, diz que “não tem capacidade de trocar uma lâmpada que pedi, num parquinho atrás da casa dele”. Mas também não poupa a candidatura de Scalco, que ele diz ter o seu voto:
– É gente amadora, gente que não tem gestão. Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come – definiu.
"Para o Adiló, não voto", diz ex-prefeito Alceu
O ex-prefeito e candidato a vice na chapa de Denise Pessôa (PT), Alceu Barbosa Velho (PDT), ficou decepcionado com o resultado das urnas, como revela sua expressão na foto com Denise (acima), no discurso de agradecimento dela, logo depois da apuração.
– O que ficou para o segundo turno foi a direita: PSDB/União Brasil e PL/PP. Todos iguais. Na campanha de Scalco e Denise, se defendeu a mudança. Um prefeito que ficou hibernando três anos e meio, acordou e começou, eleitoreira e vergonhosamente, a querer fazer obras. Ficou em segundo lugar 1% a nossa frente sendo prefeito da cidade. Para o Adiló, não voto – disse Alceu.