Tão logo os votos foram contados em primeiro turno na eleição para a prefeitura de Caxias do Sul, o vereador Rafael Bueno (PDT), na primeira sessão da Câmara, na tribuna, anunciou apoio ao candidato Maurício Scalco (PL), na contramão do que era esperado. Nesta quinta-feira (17/10) à tarde, seguia com a mesma posição:
– Não estou apoiando ele (Scalco). Apenas disse que votaria nele. O outro lado eu já conheço e sei o que prometeu e não fez. Não consegue sequer trocar as lâmpadas e cortar os matos do parquinho e do centro comunitário atrás da casa dele (no Cristo Redentor). Prometeu acabar com os alagamentos, veio no bairro, prometeu e não fez nada.
O ex-vice-prefeito Ricardo Fabris, que é filiado ao PDT e ainda não tinha se manifestado em relação ao segundo turno, desferiu:
– O presidente do PDT caxiense apoiar o bolsonarismo golpista, o extremismo de direita, é de fazer Getúlio Vargas, (Leonel) Brizola, (Nadyr) Rossetti e tantos outros virarem na cova.
Já o ex-prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT) disse na arrancada da campanha em segundo turno que não votará no candidato Adiló Didomenico. Adiló foi secretário de Obras no Governo Alceu. A coluna quis saber de quando vem o distanciamento e o mal-estar entre Alceu e Adiló:
– Desde que levou o Lucas (Diel, ex-PDT, hoje no PRD, e ex-presidente do PDT caxiense) para líder (do governo na Câmara), sendo que dissemos para ele (Adiló) que não participaríamos do governo. Criou um problemão para o PDT, internamente. Consideramos uma intervenção no nosso partido – disse o pedetista.
Com Edson Néspolo (ex-PDT, hoje no União Brasil, candidato a vice de Adiló), Alceu considera que foi “pior ainda”:
– Tudo que combinamos, quando o apoiamos (o PDT) contra Pepe (Vargas, do PT, na eleição de 2016), não cumpriu e nos “chutou” politicamente. Eu, até que termine a eleição, não tem conversa.
Néspolo foi conversar com pedetistas
Néspolo tentou esta semana uma aproximação com o PDT, ou com pedetistas, em visita ao ex-vice Ricardo Fabris, que atualmente está filiado ao partido. Na ocasião, também conversou com o pai de Fabris, Affonso Borges de Abreu, pedetista histórico (na foto acima).
– Com meu pai, discutiu o rumo das eleições e as expectativas e propostas para administração da cidade em 2025-2028. Recebeu minhas obras, o Vice Improvável e Impeachment de Prefeitos e Vereadores – disse Fabris.