A movimentação da deputada federal Denise Pessôa (PT), nome do partido para a prefeitura de Caxias do Sul, permite a ela articulações políticas importantes. Nesta segunda-feira, ela foi ao encontro do presidente nacional do PSD, que também é secretário de Governo e Relações Institucionais do governo de São Paulo no Palácio dos Bandeirantes Gilberto Kassab, com quem conversou por cerca de 40 minutos. O deputado federal Luciano Azevedo, também do PSD, ex-prefeito de Passo Fundo, acompanhou o encontro. Foi ele, inclusive, quem fez a foto acima para registrar o encontro.
– Foi uma conversa amistosa. A gente foi dizer o quanto para nós seria importante ter o PSD conosco no primeiro, no segundo turno. Mas é importante para nós E dizer que nós temos alguns pleitos de algumas cidades do Rio Grande do Sul que também estaríamos juntos, às vezes o PT apoiando o PSD. Então foi uma conversa assim, amistosa — disse Denise.
A conversa de Denise com Kassab, testemunhada por Azevedo, explicita um elemento importante na movimentação eleitoral para a prefeitura de Caxias do Sul que é o fator externo, que não é nenhum pouco estranho às articulações eleitorais.
No ambiente municipal, o presidente do PSD, Michel Pillonetto, por exemplo, manifesta forte inclinação ao apoio à reeleição do prefeito Adiló Didomenico (PSDB). Ocorre que há um ambiente mais amplo, monitorado atentamente por lideranças estaduais e nacionais, que consideram eventuais apoios recíprocos levando-se em conta o cenário regional. Significa que, no caso específico, o PT pode apoiar o PSD em municípios estratégicos e se estabelecer apoios cruzados.
Claro que uma liderança nacional, como Kassab tem a percepção e sabe avaliar o contexto local, o perfil e o interesse ou a inclinação partidária em um município e respeitá-lo. Mas são fatores a serem avaliados em conjunto, e é isso que caberá ao diretório do PSD fazer no momento oportuno. Até lá, alguns partidos se movimentam mais, outros menos.