A Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) emitiu nota na sexta-feira (13/1), assinada pelo presidente Celestino Loro, presidentes dos conselhos da entidade e de sindicatos patronais, em que manifesta “extrema preocupação” com o “ambiente de instabilidade política instaurado no país”.
As entidades apelam ao “bom senso dos Três Poderes, para que promovam a pacificação nacional e ajam pelo restabelecimento da normalidade social”. A nota não faz referência explícita aos atos antidemocráticos e violentos em Brasília. Confira outros tópicos do texto:
* “Atos e discursos inflamados e extremistas só concorrem para fomentar esse clima de ódio e de caos vivido.”
* “Esperamos que as instituições da República se guiem pelos preceitos constitucionais, tendo sempre em vista que qualquer pessoa tem direito à liberdade de expressão.”
* “Ansiamos por um ambiente de harmonia, ordem e progresso, para que possamos seguir trabalhando com liberdade, gerando os empregos e o desenvolvimento de que o Brasil tanto necessita.”
* “Queremos consciência, coerência e amor ao Brasil, tanto da situação como da oposição. O momento é delicado e exige serenidade e discernimento para tomar decisões mais assertivas e pacíficas.”
Pacificação e primado da lei
A pacificação deve ser uma obstinação, a ser buscada com a parcela democrática da sociedade. Todos juntos.
A nota da CIC não faz referência à quebradeira promovida por radicais e vândalos de direita. Para uma exata contextualização, deve ficar registrado que os Três Poderes e a democracia foram alvo de atentados violentos.
A obstinação pela pacificação deve ser dos Três Poderes e responsabilidade também da representação política e seus líderes, para não instigar ambientes conflagrados. A pacificação não pode ser confundida com “passar a mão” com os protagonistas e patrocinadores dos atos de antidemocráticos. Pacificação e primado da lei não se excluem. É preciso fazer cumprir o devido processo legal para apurar responsabilidades de quem praticou e patrocinou esses atos. E, assim, separar quem pratica crimes e quem defende uma posição política democraticamente, sem apelar para a violência.