A necessidade de um aporte de R$ 290 milhões este ano pelo município para o Fundo de Aposentadoria e Pensão do Servidor (Faps) fez a prefeitura cortar em 75% o orçamento da maioria das secretarias. A informação foi dada pelo prefeito Adiló Didomenico em sua live semanal, no caso a live da semana passada, que ele habitualmente faz às sextas-feiras, mas que foi transferida para esta semana devido à votação da Reforma da Previdência em sessão extraordinária na Câmara naquela sexta (16/12).
— Para aportar os R$ 290 milhões este ano nós tivemos que cortar 75% do orçamento da grande maioria das secretarias. Preservamos Educação, Saúde, a FAS (Fundação de Assistência Social) e Segurança. O resto, todas passaram pelo corte, deixando o secretário em uma situação de penúria, não podendo prestar o retorno ao contribuinte. Isso não pode continuar.
"Vai estancar a sangria"
Foi a última live semanal deste ano do prefeito. Ele lembrou que o aporte de 2021 foi de R$ 244 milhões "além da alíquota normal". O prefeito destacou que houve "muita desinformação" em torno da Reforma da Previdência.
— Tivemos uma semana muito pesada, de muita discussão, de muita desinformação. Agradecer aos vereadores, que tiveram coragem, entenderam a gravidade e a necessidade e aprovaram essa proposta. Lamentar as ofensas e o ambiente que foi criado no período de votação, muitas vezes fruto de desinformação. O servidor não tem culpa de a situação ter chegado a esse ponto, mas poderia se tornar uma vítima logo ali adiante.
Adiló reiterou que a Reforma não soluciona o problema, mas vai "estancar a sangria".
— Não vai melhorar as finanças do município, mas não vai permitir que chegue ao caos de ter o risco de atrasar salário e atrasar o pagamento de aposentados e pensionistas. Essa reforma veio para corrigir um iminente colapso nas finanças.