Em comunicado aos funcionários, na véspera da paralisação do transporte coletivo em Caxias do Sul, havida nesta terça-feira (8/11), a empresa concessionaria Visate salientava: “Não estamos conseguindo suporte financeiro para honrar o pagamento integral dos salários de outubro na data legal. Por isso estamos em tratativas com a prefeitura/poder concedente e com o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários”. A solução apontada foi o repasse dos recursos recebidos do governo federal, cerca de R$ 6,375 milhões a título de custeio de gratuidades para idosos à concessionária, cujo repasse da primeira parcela foi feito.
A Visate é reincidente nesse tipo de pressão ao poder concedente, o governo municipal, e aos trabalhadores. Exatamente um ano atrás, em 19 de novembro de 2021, a cidade amanheceu refém, outra vez de surpresa, com apenas metade dos horários previstos em todas as linhas. Naquela oportunidade, a Visate obteve o anúncio, no mesmo dia, de um aporte de R$ 4 milhões do município, considerado “incontroverso”, a título de reequilíbrio econômico-financeiro do contrato para compensação dos efeitos da pandemia.