Uma visita realizada na manhã desta sexta-feira (15/7) marcou o início de mais um movimento pela execução de obras emergenciais no Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, um ícone da educação pública e, na situação atual, um emblema da desvalorização da educação. Estiveram na escola o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Educação Pública Estadual da Câmara de Vereadores, Lucas Caregnato (PT), o deputado estadual Pepe Vargas (PT), representante do deputado estadual Carlos Búrigo (MDB), que é presidente da Comissão de Educação da Assembleia, mais o vereador Sandro Fantinel (Patriota). O caráter pluripartidário é importante e dá relevância à iniciativa. O grupo foi recebido pela diretora da escola, Raquel Rojas Grazziotin.
Caregnato disse que a visita buscou conferir a estrutura atual da escola, que tem áreas interditadas há anos por conta da degradação do prédio, como o auditório. A parte emergencial de uma reforma prevista pelo Estado estava programada para começar em maio de 2022, mas ainda não foi realizada.
– Vou agora solicitar reunião, por intermédio dos deputados da cidade, da frente parlamentar com as secretarias estaduais de Obras e de Educação, para sabermos do andamento dos projetos, da previsão de conclusão, da fase de licitação e se os recursos necessários para essas reformas têm previsão (de repasse) – afirmou Lucas.
A iniciativa da frente parlamentar é importante, para o acompanhamento necessário às reformas do Cristóvão, uma dívida histórica com a comunidade escolar e com a educação, para reavivar o debate e encaminhar as cobranças necessárias ao governo estadual.
Dívida histórica com a educação
Construído em 1961, o Cristóvão passou pela última intervenção em 2001, com reformas nas redes hidráulica e elétrica, e aguarda desde 2009 por reformas estruturais. O processo licitatório, iniciado após mobilizações da comunidade escolar, acabou suspenso por causa de um decreto de contingenciamento de recursos, bem no início do governo de Eduardo Leite (PSDB).
Depois de firmar acordo com o Ministério Público, o governo do Estado retomou o cronograma das reformas, com previsão de que até maio de 2022 fosse concluída a etapa emergencial, com a obra completa finalizada até março de 2023. As alegações para o novo atraso se referem a entraves burocráticos. (Com Milena Schäfer)