Outra definição importante na sucessão gaúcha foi oficializada na quinta-feira. Durante café da manhã nesta quinta-feira, o presidente estadual do União Brasil RS, Luiz Carlos Busato, que foi secretário do Desenvolvimento Urbano e Metropolitano no governo de Eduardo Leite, formalizou o apoio do partido ao PSDB para o governo do Estado, que havia sido selado no dia anterior. O ato contou com as principais lideranças das duas siglas.
– Esta é uma união de agenda, de propósitos, de fazer política com o entendimento de que o Estado precisa avançar – destacou Leite.
No ato de oficialização da aliança, Leite embaralhou as cartas. Deixou aberto o entendimento de que pode apoiar o candidato a presidente pelo União Brasil, Luciano Bivar.
– Este apoio que recebo do União Brasil também vem com a alegria de podermos ter o apoio, em nível nacional, para a candidatura que o União Brasil apresenta, que propõe agenda, um caminho para o país, que é a candidatura do presidente do e Luciano Bivar. É uma agenda importante para o país que terá nosso vivo apoio. Se recebo a confiança do União Brasil, também confio de volta. Faremos acontecer esse projeto juntos – discursou Leite.
Afinal, quem o tucano apoia?
O União Brasil nacional não perdeu tempo, e publicou em uma rede social: "Eduardo Leite anuncia apoio a Luciano Bivar." Essa leitura é apressada. Foi um movimento de Leite, diante das indefinições em torno da participação do PSDB na chapa da pré-candidata do MDB ao Planalto, Simone Tebet, e, principalmente, da decisão do MDB gaúcho, que balança entre a candidatura própria e o apoio a Eduardo Leite. Tanto que Leite frisou: a parceria do União Brasil em torno de seu nome é o que está confirmado neste momento, havendo a reciprocidade do apoio. Neste momento.
Um apoio declarado de Eduardo Leite a Luciano Bivar à Presidência, como apressou-se a dizer o União Brasil nacional, não faz sentido na relação do tucano gaúcho com o MDB. Se o PSDB quer o apoio do MDB no RS, não tem lógica que o pré-candidato Leite declare apoio desde já a outra candidatura que não seja a de Simone Tebet pelo MDB à Presidência. Leite afaga o novo aliado e coloca mais pressão sobre o MDB gaúcho. Mas é um movimento de risco: o União Brasil pode cobrar logo aí na frente o que entendeu da fala de Leite.