De novo, após a realização de uma audiência pública para detalhar o projeto de subsídio para o transporte coletivo, a sessão da Câmara de quarta-feira (9/9) ia deixando de repercutir o assunto, que é central para a cidade. A sessão se arrastava para o final, até que o vereador Sandro Fantinel (Patriota), o mais próximo do presidente Jair Bolsonaro, cutucou e provocou:
– Eu achei que algum dos colegas fosse abranger esse caso bastante complicado (o subsídio) que nós vamos enfrentar logo (na Câmara).
A matéria envolve aporte até o limite de R$ 3,350 milhões. O regime de urgência exige tramitação na Casa em até 30 dias a partir da data do protocolo, na quinta-feira passada (3/3). Se aprovada, a tarifa se reduz para R$ 4,75 para pagamento no cartão. O projeto já recebeu o parecer de constitucionalidade na Comissão de Constituição, Justiça e Legislação e se encontra na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Fiscalização e Controle Orçamentário.
Fantinel diz que está sendo criticado nas redes sociais por sinalizar apoio ao subsídio.
– Todos aqueles que me criticaram não usam o transporte público. Eu entendo que o dinheiro é de vocês, que o imposto é de todo mundo. Nós estamos lutando de todas as formas para ter uma sociedade mais justa, onde aqueles que menos podem também tenham oportunidade de crescer. Quero deixar bem claro: eu sou contra o subsídio. Só que, fazendo análise, eu cheguei à conclusão: se nós quisermos dar uma oportunidade, nós temos de dar esse aporte. (...) Para termos uma sociedade mais civilizada e termos um pouquinho mais de igualdade naquele que não é vagabundo, é trabalhador. Então a gente tem que dar uma oportunidade – discursou, com forte viés social.
Foi então que, em aparte, Rafael Bueno (PDT) parabenizou Fantinel e sugeriu:
– Acho até que, quando o senhor mudar de partido, o senhor vai pro PT, viu, porque o senhor está bem defendendo o povão, o senhor está em outro campo de pensamento...
Fantinel riu da sugestão.