** Mateus Frazão substitui interinamente o titular da coluna, Ciro Fabres
Em pronunciamento na tribuna, após ser empossado, o vereador suplente, Ricardo Zanchin (Novo), fez um discurso comovente homenageando a mãe pelo cargo. Como professor universitário, narrou sempre se emocionar no momento que alunos oferecem diploma para os pais e, mais ainda, quando apontam o diploma para o céu, no caso de o diplomado ter seus pais já falecidos. Outro gesto que o comove, relatou, é na missa de formatura, quando os acadêmicos oferecem flores para os pais. Emendou à narrativa um relato pessoal, do falecimento de sua mãe na semana das eleições, em 2020:
— Dia 15 de novembro, quando todos nós fomos votar, fui à Missa de 7º Dia da minha mãe. Não preciso dizer a dor que eu passei, conduzindo a campanha. Mesmo assim, ao sair do hospital, quando visitava a minha mãe na UTI, eu tinha que dar prosseguimento a democracia, mas confesso não consegui fazer campanha.
Prosseguiu:
— Não existe o ano novo para mim porque a minha mãe faleceu no dia 8. Exatamente um tempo depois, hoje, dia 8, eu fui diplomado vereador. Eu vou fazer o mesmo gesto que meus alunos faziam para as mães dos pais que não estavam (ergueu diploma de vereador). Peço desculpas porque esse espaço é para debate público, mas eu não poderia deixar de falar de quem, mesmo no hospital, cheia de aparelhos, levava os meus santinhos e dizia para cada médico, cada enfermeira: "É meu filho!". (...) Hoje para mim é o meu ano novo, porque eu posso dizer para minha mãe que eu conquistei aquilo que ela me ajudou.
Zanchin fez o mesmo gesto alusivo com um ramalhete de flores e após, em ato republicano, ofereceu o as flores à presidente, Denise Pessôa (PT).
Confira o pronunciamento:
O "QUERIDÃO"
Em discurso de boas-vindas, Zé Dambrós (PSB) mencionou apelido carinhoso a Zanchin.
— O Zanchin é um queridão, não é. Diz a minha irmã: "O Zanchin é o queridão lá da UCS". Então, que bom que eu vou conhecer o queridão.
O próprio Zanchin assumiu a alcunha no seu discurso.
— Este é o meu título mas me chama de professor Zanchin, que eu vou ficar constrangido com o queridão.
Discurso político de Hiago
Já Hiago Morandi seguiu a linha ideológica em seu primeiro discurso. Fez questão de mencionar a simpatia com o presidente Jair Bolsonaro e adiantou a postura que pretende adotar nas duas semanas que permanecerá na função:
— Hoje estou aqui na posição que sempre sonhei, para servir Caxias do Sul. Meu trabalho aqui na Casa será pautado na defesa da família, na transparência e para servir os meus eleitores em suas pautas. (...) Entrei para a política olhando vídeos do nosso deputado Jair Messias Bolsonaro. (...) Já fui colocado para fora de uma universidade, em uma reunião de esquerda em que o tema era democracia, colocado para fora com gritos de "fascista". (...) Organizei mais de 30 movimentos conservadores em nossa cidade — citou.
Ele afirmou ser bastante envolvido na interlocução de demandas sociais.
— Creio que existem muitas formas de ajudar a nossa comunidade caxiense, não necessita de mandato. Mas com o poder da caneta ficamos mais fortes e maiores — acrescentou.
Terminou pronunciamento citando passagem bíblica.
O CESTO NACIONALISTA
Hiago exibiu em sua mesa durante a sessão um cesto estampada com uma bandeira nacional. Foi uma alusão à recente polêmica do cesto com a inscrição do número 13, registrado durante a 13ª Abertura Oficial da Colheita — o próprio Hiago foi um dos agitadores do assunto nas redes sociais, na ocasião.
_ Para mostrar que a Festa da Uva e do povo e não um palco político, e que ninguém pode mudar a bandeira do povo _ disse à coluna.