O governador Eduardo Leite abriu espaço na agenda no meio da tarde da segunda-feira (9/8) para ouvir demandas dos tucanos caxienses. Foram recebidos no Piratini a bancada do PSDB na Câmara, composta pelos vereadores Olmir Cadore, Tatiane Frizzo e Marisol Santos, o prefeito Adiló Didomenico e a vice Paula Ioris, mais o deputado federal Lucas Redecker (PSDB) e o deputado estadual Neri o Carteiro (Solidariedade), este último quase um tucano. Participaram ainda o chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, e o secretário da pasta de Articulação e Apoio aos Municípios, Luiz Carlos Busato. Tatiane relata que a notícia positiva foi a garantia do governador de que “em 15 dias, no máximo 30”, seja priorizada a solução para os trechos da RSC-453 e RS-122, entre Caxias do Sul e Farroupilha. É uma promessa reiterada para cuidar da sinalização, buracos e roçada no trecho, em situação desesperadora.
— Assim que a manutenção do trecho norte da Rota do Sol for concluída — detalha Adiló.
O estado precário da Rota do Sol, a partir de Caxias do Sul, entrou no pacote de demandas.. Quanto à concessão das rodovias, o governador recebeu relatório parcial da frente parlamentar da Câmara de Caxias, presidida pela vereadora Denise Pessôa (PT). Leite destacou que “aguarda apresentação dos relatórios” sobre os encontros e audiências regionais, em convergência ao que já destacou o secretário de Parcerias, Leonardo Busatto. Leite é mais duro na queda e sustenta com mais vigor itens do projeto cuja revisão é um clamor regional, como a retirada da cobrança do valor de outorga da vencedora da concessão e o limite do deságio, isto é, do desconto tarifário para as propostas das participantes, estipulado em 25%. Argumenta que o RS é o Estado onde esse deságio é maior, citando o exemplo de MG, onde o desconto está na faixa dos 18%.
— Nós implantamos o mesmo modelo de concessões de pedágios do governo federal, levando em consideração o aprendizado dos últimos 30 anos. É caríssimo fazer uma concessão mal feita. O valor de pedágio é estabelecido com base em estudo técnico, em volume de obras, entre outros fatores. Podem contar comigo. Vamos analisar as proposições de vocês — salientou Leite.
Entre essas proposições, está a de que o valor da outorga, se não for possível suprimi-lo, seja aplicado em rodovias da região.
"Ainda está para debate"
Já o secretário Leonardo Busatto, até por manter contato direto com as comunidades, sente mais de perto o clamor, e em audiência pública há 10 dias em Farroupilha chegou a destacar que serão levadas ao governador alternativas quanto a esses pontos mais sensíveis. Dessa forma, Leite converge com a declaração de Busatto quando diz que "aguarda a apresentação dos relatórios".
— Não é modelo fechado, ainda está para debate — relatou Tatiane, do que ouviu do governador.