Ciro Fabres
Como se organizam os mecanismos mentais que levam pessoas – e particularmente jovens – a realizar uma festa com 200 participantes em espaço confinado no momento mais crítico da pandemia? Vale a mesma pergunta para qualquer pessoa que se atira na cerca elétrica e vai ao encontro de aglomerações diversas. Exemplos não faltam. Por onde transita o pensamento? Eis uma questão interessante para a ciência. O raciocínio percorre – em alguns casos, não percorre – mecanismos e labirintos mentais que desembocam em fazer uma festa em condições de aglomeração extrema, que vai intensificar o contágio, o risco pessoal e às pessoas do grupo, aos familiares e mais queridos. Risco de vidas perdidas. E mesmo assim, ao fim do percurso, o raciocínio faz destravar o gatilho da decisão de participar da festa.