Semana passada, a coluna conferiu como foi o atendimento de 10 pedidos formulados na virada de 2018 para responder a demandas que distanciam Caxias do Sul da qualidade de vida desejada para seus moradores. Sem a parceria dos administradores públicos com a competência empresarial e a boa vontade dos moradores, fica difícil ao Papai Noel o atendimento das solicitações, sob forma de melhorias concretas para a comunidade.
Das demandas relacionadas para atendimento pelo Bom "Velhinho" ao longo de 2019, ficou difícil mesmo para ele: apenas duas foram materializadas completamente e outras duas, parcialmente, resultando em uma nota 3 para a performance da comunidade ao longo do ano que se encerrou.
Agora, na primeira coluna do ano, são relacionados mais 10 pedidos para serem concretizados ao longo de 2020 e conferidos no início de 2021. Sete dos 10 pedidos de 2019 voltam a frequentar a lista.
Confira:
1. Centro de Caxias do Sul mais cuidado e valorizado, com atrações e programações que o tornem um espaço importante e real de convivência. Um centro mais humano.
Depende de uma decisão estratégica da administração e da mobilização de moradores e empresários do Centro. Requer uma mudança de cultura.
2. Respeito, cuidado e conservação das faixas de segurança.
Pedido mais uma vez patrocinado pela Família Pedrosa, a Família Pedestre, a família que cobra respeito e boas condições para pedestres, cadeirantes e pessoas com necessidades especiais. Hoje, as faixas são ignoradas em Caxias do Sul. Além disso, boa parte delas está abandonada e deteriorada (na foto acima, faixa na esquina da Bento Gonçalves com Borges de Medeiros). No mesmo pacote, mais condições de segurança para a travessia da BR-116, da RSC-453 e das perimetrais. Depende de ações maciças do poder público.
3. Mais sinaleiras com tempo exclusivo para pedestres, com contadores de tempo, e mais tempo para a travessia do que os atuais 12 segundos.
4. Apoio para Caxias, Juventude, basquete e outros esportes.
Apoio que sinalize presença e parceria de poder público e empresas. O esporte leva longe o nome da cidade. É uma ação também de marketing esportivo, que não é percebida e não recebe aposta na cidade. O Caxias do Sul Basquete não teve continuidade. Passa por um apoio estratégico ao esporte de base. Depende de uma articulação geral, à espera de quem lidere esse processo.
5. Proteção às árvores da cidade.
Esta demanda, antes de qualquer coisa, é uma questão cultural, principalmente da população. Especialmente, proteção contra podas radicais que mutilam as árvores nas ruas. Árvore é qualidade de vida e proteção ao meio ambiente.
6. Volta do Carnaval de Rua em 2021.
Em 2020, já não dá mais. Mas que se construam e se estabeleçam ao longo do ano uma articulação geral e parcerias para trazer de volta os desfiles das escolas de samba para a Rua Sinimbu em 2021. Carnaval é manifestação popular e comunitária que deve ser apoiada e organizada em parceria. Não necessariamente com recursos públicos – mas também pode haver, sem exageros. Com apoio em infraestrutura e estímulo, pois o Carnaval fortalece vínculos e o envolvimento comunitário. Faz bem para a cidade.
7. Salários e 13º em dia para os servidores estaduais.
Promessa de campanha do governador Eduardo Leite (PSDB) já para o primeiro ano de governo, não se concretizou. Não passou nem perto. Este compromisso tem de voltar a ser cumprido em 2020.
8. UPA Central (antigo Postão) e UPA Zona Norte com atendimento de qualidade, com oferta de médicos e menos espera.
A UPA Zona Norte terá troca de gestão em 29 de janeiro. A UPA Central está retomando o atendimento. O tempo de espera ainda é reclamação recorrente nas duas unidades. Vivendo momentos de transição, ambas as UPAs requerem uma estabilidade de operação, a ser efetivada em 2020.
9. Mais respeito nas relações pessoais e na política, com o debate necessário e respeitoso nas próximas eleições.
Este é uma demanda com algum grau de subjetividade, mas de fácil percepção nos ambientes de convivência.
10. Oferta de atividades esportivas e culturais em áreas de lazer e espaços públicos pela cidade, com menos ociosidade e sinais de abandono dessas praças, parques e áreas de lazer.
É uma demanda que depende da promoção, apoio e indução de atividades pelo poder público, mas também de empresas e comunidade, por meio de parcerias e patrocínios, e o zelo, o cuidado pelas áreas públicas e a iniciativa da parte de moradores e das comunidades.