O Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural) aprovou esta semana a execução do projeto de revitalização da Praça Dante pela prefeitura. Foi votação apertada, garantida pelos votos dos representantes do Executivo. A pesquisa ou consulta que a prefeitura desenvolveu ano passado e que serviria de base para o projeto foi feita com um universo muito pequeno de moradores, e a Praça Dante é o coração da cidade.
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Portanto, o bom senso orienta ainda debater bem o projeto com a comunidade, o que parece não ser a ideia da prefeitura, até mesmo pelo retrospecto da falta de diálogo.
Um aspecto, no entanto, que voltou a ser levantado por entidades que integram o Compahc, é quanto à "real necessidade da obra". Com frequência, é usado o argumento de que não é o momento, ou que há outras prioridades. É o momento, sim. Não é possível esperar responder a outras demandas essenciais e urgentes para só depois pensar-se em cuidar da praça. Quando seria? As demandas essenciais sempre existirão. E a Praça Dante está caindo aos pedaços, um prejuízo enorme ao Centro e aos moradores. Também não tem atrações. Não fica bem para a cidade, que passa má impressão a quem a visita. O chamado centro histórico precisa ser valorizado, e isso não pode ficar para sabe-se lá quando.
A questão é promover um debate real com a comunidade sobre o que será feito da Praça Dante.