A jornalista Juliana Bevilaqua colabora com a colunista Babiana Mugnol, titular deste espaço
Com 131 mil hectares de milho e 251 mil de soja, os 49 municípios da Serra, Hortênsias e Campos de Cima da Serra são os menos afetados pela estiagem. No Rio Grande do Sul, as duas culturas são as mais prejudicadas pela falta de chuvas, conforme um informativo divulgado pela Emater RS.
As perdas não são tão grandes como em outros municípios gaúchos porque tem chovido um pouco mais na região do que em outras cidades gaúchas. Em Caxias do Sul, por exemplo, foram 42 milímetros neste mês. Na sede de São Francisco de Paula, 134 milímetros, quantidade suficiente, conforme João Villa, engenheiro agrônomo e assistente técnico do escritório regional da Emater.
A estimativa, por enquanto, é de quebra na safra de milho de 1% nos Campos de Cima e de 7% na Serra. Nas Hortênsias não há registro de perdas. Das três regiões, a maior área de cultivo de milho é a dos Campos de Cima da Serra, com 58%. Serra tem 35% e Hortênsias, 7%.
A expectativa inicial, segundo Villa, era de uma colheita de 8,1 mil quilos por hectare e, com a quebra, deve ficar em 7.990 quilos por hectare. Já para a soja, a Emater calcula perdas de 5%. São 251 mil hectares de área plantada nas 49 cidades de abrangência do escritório regional, sendo que a maior produção é nos Campos de Cima da Serra: 80%. Serra tem 17% de área cultivada e Hortênsias, 3%.
— Agora, vai depender muito do clima em fevereiro e em março, especialmente para a soja. Já o milho, fevereiro define a safra — diz o engenheiro agrônomo, acrescentando que o ideal é uma quantidade de 130 milímetros de chuva por mês bem distribuída.
Feijão
O cultivo do feijão na região administrativa da Emater de Caxias do Sul, que possui a maior área cultivada no Estado, tem desenvolvimento normal. Nas demais regiões, as perdas variam de 10% a 45%, tendo como região mais afetada a de Pelotas.