Em busca de se adequar aos desafios para manutenção dos custos operacionais e ampliar representatividade do setor, o Sindicato das Indústrias do Vestuário e do Calçado do Nordeste Gaúcho (Sindivest) e o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e Malharias da Região Nordeste do RS (Fitemasul) decidiram se unir ainda no ano passado, quando fizeram assembleia em março para tratar do tema. Mais de um ano depois destes primeiros movimentos, as entidades anunciam agora a nova marca a partir da fusão e o quanto já economizaram com as ações tomadas desde então.
Como resultado, surge o Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem, Malharias, Vestuário, Calçados e Acessórios da Serra Gaúcha (FitemaVest). Débora Sikelero, representante do Sindivest, será a futura presidente da nova entidade. Elias Biondo, do Fitemasul, será o vice. O estatuto com a diretoria e o próprio novo CNPJ já tinham sido decididos na assembleia de 2021, mas a fusão ainda precisa ser aprovada pelo Ministério do Trabalho, segundo Débora.
— Começamos a trabalhar em cima da marca independentemente do retorno de Brasília para que, quando oficializar, já tenhamos clara a linha de trabalho e todos familiarizados com esse novo momento — destaca a futura presidente da FitemaVest.
Convenções coletivas e pagamento de mensalidades ainda são tratados pelos sindicatos de forma individual até a regularização da nova instituição. Ainda no ano passado, as entidades começaram a trabalhar em conjunto com a unificação da sede em uma mesma estrutura física, assim como os profissionais. O resultado, conforme Débora, é uma redução de 50% dos custos para manutenção dos sindicatos.
Pelo pioneirismo no movimento de fusão de sindicatos em Caxias, Débora conta que outras entidades procuraram informações sobre como está sendo o processo. Ela conta que isso ocorre porque é muito mais fácil buscar referências de quem abriu sindicatos do que de quem está unificando, por isso há muita curiosidade sobre o tema, embora ela diga que nenhuma entidade deu início a processo semelhante.
— Por enquanto... Até pelas dificuldades... Nós sabíamos que ia demorar, que é um processo burocrático, mas tem um pouco de frustração pela demora, mas ao mesmo tempo compensa pelo retorno que já estamos tendo — aponta.