A combinação de queijo com vinho é bem comum. Agora, queijo de vinho já é algo que chama mais a atenção dos consumidores. E se o queijo for colonial, sinal de que a receita é ainda mais exclusiva. E é justamente essa a aposta de uma granja de Carlos Barbosa. O queijo ao vinho tinto produzido pela Granja Cichelero já representa cerca de 10% do faturamento da fabricante de laticínios com quase duas décadas de atuação na região.
Daniel Cichelero, sócio-proprietário da marca, conta que resolveu investir na nova receita porque era uma demanda que partia dos clientes.
— Até existem outros queijos feitos com vinho, mas normalmente são os mais duros, como o parmesão. Para fazer com o queijo colonial, tivemos que fazer vários testes com vários tipos de vinhos até ser aprovado pelos consumidores — recorda.
Foram as uvas Isabel e Bordô que mais deram coloração e sabor intenso para a receita. Cichelero conta que outras variedades, como Merlot e Cabernet Sauvignon, não alcançaram o resultado desejado.
Em média, a granja fabrica de 400 a 500 quilos por semana do queijo de vinho. A empresa tem mais de 20 tipos do produto e vem se posicionando pelos temperos e composições diferentes. Mas alguns mais inusitados não alcançam nem 3% de representatividade em vendas. Já o produto com a casca na cor de vinho tem proporções significativas de comercialização, tendo em vista que 50% da fatia de mercado da marca é só para o queijo colonial comum.
— Tanto que precisamos nos organizar para fabricar o queijo de vinho, a cada dois ou três meses, porque ele precisa ficar cerca de cinco dias imerso no vinho — explica o proprietário.
A granja de Carlos Barbosa tem a Vinícola Cerutti, de Garibaldi, como fornecedora do vinho. E conta com produção própria de leite.