Jovens empreendedores que trabalhavam com franquias, como a Croasonho e o X Picanha, decidiram criar a própria empresa. Em 2018, Fabrício Spinelli, 31 anos, e Gledson de Campos montaram o Farra Pizza Burger, em Farroupilha. Três anos depois, a marca planeja fechar 2021 com seis unidades na Serra. O idealizador do negócio se uniu a outro jovem, Diego Nunes, 29, que era funcionário e virou sócio. Neste mês, abriram também uma operação em Caxias. Até o final do ano, pretendem inaugurar mais uma em Bento Gonçalves.
— Nós somos aqueles empreendedores inquietos que querem sempre estar evoluindo, melhorando. Nós três viemos de famílias do interior e hoje ajudamos nossos pais com nosso trabalho — destaca Fabrício.
No ano passado, assim que surgiu a pandemia, buscaram recursos do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Inicialmente, o plano era cobrir os prejuízos por conta de fechamentos, mas os R$ 220 mil viraram investimento.
— A gente se apavorou no início, mas também se preparou para uma retomada, nem que seja lenta. Abrimos mais duas unidades para gerar empregos e mais oportunidades — destaca o empreendedor.
A operação de Flores da Cunha entrou em operação no ano passado em plena pandemia, mas com bons resultados até pela proposta do Farra de se colocar no meio termo entre as grandes redes de fast-food e os restaurantes que ofertam hambúrgueres gourmets. A estratégia de expansão também mirou primeiro cidades menores, como Flores da Cunha e Garibaldi.
Neste ano, o Farra entra em uma nova fase, fincando bandeira nas duas maiores cidades da região. E a marca começou por Caxias do Sul. Inaugurou neste mês uma loja mais voltada para o delivery, mas que contempla também alguns lugares para consumo no local. Ela fica na Rua Os 18 do Forte, junto ao posto Rodeio. O espaço tem 80 metros quadrados e um deck externo. Com mais esta unidade, foram gerados 10 empregos. Atualmente, a rede tem cerca de 50 profissionais nas quatro operações. E se prepara para inaugurar, ainda no segundo semestre, um Farra em Bento. Os empreendedores estão em negociação de ponto.
Além de empregos, cada novo negócio movimenta fornecedores locais, da carne do hambúguer à massa artesanal das pizzas cortadas à xadrez. Isso sem contar as obras. O investimento médio para abertura tem sido de cerca de R$ 120 mil. Segundo Spinelli, o modelo foi formatado para ser rede de lojas, mas tem todas as condições de se tornar uma franquia. A ideia é fazer da própria atuação na Serra um modelo para apresentar para investidores.