O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), Ivanir Gasparin, comentou a mudança no prazo de pagamento do ICMS de empresas de setores considerados não essenciais, anunciadas pelo Estado neste início de semana. O vencimento passou de 12 para 25 de março, enquanto o de março foi transferido para 25 de abril.
_ É um pequeno respiro para quem já está na UTI e é muito pouco _ afirmou Gasparin, em entrevista ao Gaúcha Hoje, da Gaúcha Serra na manhã desta terça-feira (9).
Segundo o presidente da CIC, que também é comerciante, 80% do faturamento do segmento fica concentrado na primeira metade do mês e, mesmo que a prorrogação até o dia 25 sinalize que o comércio poderá reabrir a partir desta data, os dias que restarem não deverão ser suficientes para compensar as perdas.
A expectativa do presidente da entidade era de que o governo deixasse o imposto ser pago em três ou quatro meses e de forma parcelada.
_ É porque estamos há um ano penando com essa crise _ justifica Gasparin.
Ele também sugere que haja sensibilidade para outros tributos, citando o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). O presidente da CIC disse ainda que o momento atual é pior para a economia caxiense do que foi a paralisação das empresas no início da pandemia, porque a maioria dos negócios já começou o ano muita enfraquecida.
_ E, quando estávamos começando a “respirar”, veio esse baque novamente _ aponta.
Gasparin ressaltou que a CIC tem acompanhado a situação dos hospitais, está em contato diário com a Secretaria da Saúde e qualificou o momento como “desesperador”. Mas faz um apelo para que o “sacrifício” seja coletivo, e não só da iniciativa privada.