O clube de futebol Centro Esportivo Gramadense (CEG) está construindo um novo estádio para o time em Gramado, na serra gaúcha. O empreendimento vai ficar na Linha Carazal e as obras já começaram, com o manejo de vegetação e terraplanagem. O objetivo é inaugurar o espaço até o final de 2022 e dar continuidade ao projeto de profissionalização do Gramadense. O investimento inicial será entre R$ 11 milhões e R$ 13 milhões.
Para o projeto, o Gramadense vai utilizar 3,5 hectares de área. Na primeira fase, serão 9 mil metros quadrados de área construída. Além do campo principal, está projetada uma arquibancada com três pavimentos e capacidade para 4 mil torcedores. O projeto prevê ainda, para o primeiro piso, área para estrutura administrativa, alojamentos, salas de musculação, refeitórios, vestiários e suporte médico.
No segundo pavimento, serão construídos dois vestiários para equipes profissionais, zona mista, salão de eventos, cozinha de apoio, galeria de ex-presidentes do time e sala de troféus. Já no terceiro andar, além da rampa de acesso às arquibancadas, haverá camarotes e tribunas de imprensa.
- O novo complexo foi projetado para ser mais do que um estádio de futebol. Buscamos o que existe de mais moderno no segmento para criar um espaço multiuso. Além de jogos e treinamentos, poderá receber shows e eventos de todos os tipos - explica Rafael Bazzan Barros, arquiteto que assina o projeto junto de Rafael Pazetto.
Entre os eventos sugeridos pela empresa, está casamentos, eventos corporativos, shows e até mesmo, disponibilizar para eventos da Gramadotur. Segundo a empresa, nesses moldes, será o único estádio da cidade, que conta com alguns campos de futebol públicos.
Investimento
Para bancar a construção do novo complexo multiuso, o presidente do Gramadense, Sandro Bazzan, explica que o clube está recebendo dinheiro da permuta feita com a área do antigo Estádio dos Pinheirais. Além de receber R$ 15 milhões pelo Pinheirais, o clube possui sete lojas, quatro decks, 79 boxes de garagem, 30 unidades hoteleiras e seis salas comerciais no complexo Vita Boulevard, que está sendo construído no terreno do antigo estádio.
Na época do negócio, o clube recebeu o equivalente a R$ 37 milhões. Foram usados R$ 4 milhões na compra da área do novo estádio e R$ 11 milhões reservados para a construção, recurso que está aplicado desde que tramitam as licenças. Os outros R$ 22 milhões foram dados ao clube em área construída no Vita.
- O empreendimento vai nos gerar um rendimento mensal que nenhum outro clube do nosso porte possui. Não adiantava construir o novo estádio sem a garantia de recursos para custear as despesas de manutenção. O grande potencial financeiro do Gramadense está no Vita. Teremos condições de manter o clube com receita própria, sem precisar ficar passando o chapéu na comunidade - comenta.
*Colaborou Daniel Giussani