Desde o início da pandemia, uma série de ações junto aos pequenos empresários estão sendo desenvolvidas pelo Sebrae. Segundo o diretor-superintendente do Sebrae RS, André Vanoni de Godoy, no início, as principais recomendações eram para que olhassem em primeiro lugar o caixa, porque as empresas quebram por falta de dinheiro, e precisavam renegociar. Pesquisa do Sebrae também mostra que 86% dos pequenos negócios que buscaram crédito durante a pandemia não conseguiram ou ainda aguardam empréstimo.
Passados dois meses, o Sebrae tem trabalhado com um pacote mais estruturado, um plano emergencial de recuperação de empresas que inclui a geração caixa, mas também trabalhar com redução de custos e remodelagem de produtos já de acordo com as mudanças de hábito dos consumidores, que circulam menos e têm menos renda.
Na semana passada, o Sebrae começou a reabrir suas sedes com protocolos de segurança sanitária, quadro reduzido fisicamente nas unidades, mas com todos trabalhando remotamente. Godoy destaca que notaram que os principais empresários que procuraram o Sebrae nas unidades físicas têm sido os MEIs (microempreendedor individual).
_ São mais vulneráveis aos efeitos da crise, e por isso, resolvemos ampliar as opções de acesso na nossa plataforma on-line para circularem menos e reduzir o risco de contágio _ afirmou em entrevista ao programa Gaúcha Hoje da Gaúcha Serra.
Dentro do leque de soluções do Sebrae, o órgão de apoio busca olhar os setores mais atingidos. Segundo o superintendente, são os que têm mais contato direto com público, como salões de beleza, serviços de alimentação, manutenção doméstica e construção civil.
_ Caxias é uma cidade muito industrial e, com fechamento e diminuição de atividades de empresas, o fluxo diminuiu e os negócios que dependem do público, como o turismo e serviços de alimentação, são os mais afetados _ aponta Godoy.