Uma reviravolta na opinião dos credores pode acender uma luz de esperança na retomada das atividades da Basa, de Caxias do Sul. Em processo de falência, a indústria farmacêutica havia recebido proposta de arrendamento por 60 meses da estrutura por parte da Medilar Importação e Distribuição de Produtos Médico-Hospitalares, de Vera Cruz. Essa possibilidade viabilizaria a retomada da produção de soros e outros itens e a geração de 150 empregos.
Porém, em audiência neste mês com os credores, o Banrisul manifestou-se contrário, apoiando o imediato leilão dos ativos (bens móveis e imóveis). Já os representantes do Santander e dos trabalhadores acenaram positivamente.
De posse da informação divulgada pela coluna e da iminência do leilão, o deputado estadual Pepe Vargas (PT), apoiado pelo também deputado Frederico Antunes (PP), líder do Governo na Assembleia, conseguiu contato na segunda-feira com a presidência e direção de crédito do Banrisul. Foi então exposta a intenção de resgatar a Basa, seus empregos e a possibilidade de hospitais reduzirem custo logístico, pois o soro hoje provém de fora do Estado. Além do fato de o Banrisul ser o menor credor da Basa, com um valor a receber de R$ 210 mil, o equivalente a 0,3%.
Nesta quarta-feira, os deputados Pepe e Antunes receberam do Banrisul o aceno de que “o banco está mudando de posição”. Ou seja, não representará mais obstáculo ao arrendamento da Basa. Dará seu “sim”.
Marcos Gomes, advogado da Medilar, comemora esse passo e acredita que nova audiência será convocada pelo juiz Sérgio Fusquine Gonçalves para mais uma manifestação dos credores.