Os empresários da construção civil de Caxias do Sul estão preocupados com a demora na retomada do setor e com as dívidas que se multiplicam junto aos agentes financeiros.
Solicitando medidas que flexibilizem as regras de financiamento da Caixa e de outros bancos, um grupo de executivos está articulando um documento a ser enviado ao senador Luis Carlos Heinze (PP), que será o porta-voz no encaminhamento junto ao Ministério da Economia.
Nos bastidores dessa mobilização figura o empresário Ovídio Deitos, que, pela sua experiência política, busca caminhos para encaminhar o pleito, com o amparo do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) de Caxias do Sul.
– O construtor pega dinheiro no banco para edificar e vai pagando a dívida à medida em que vende as unidades habitacionais. Ocorre que há muitos prédios com apartamentos sem vender e a dívida vai crescendo, e os juros tornam-se impagáveis – explica Deitos.
O empresário também mostra receio com o cenário de desemprego, que tem feito muitas famílias perderem seus apartamentos.
– Se não pagar as prestações, em 90 dias, o banco entra com processo de retomar o imóvel, que vai a leilão e concorre com a própria indústria da construção civil – alega Deitos.
A reivindicação da categoria é que por meio de um decreto haja flexibilidade das regras, prazos mais elásticos e carência para as construtoras pagarem as dívidas junto aos bancos, assim como para os mutuários da casa própria. Isso não só nos projetos do Minha Casa, Minha Vida. A acompanhar.