O mercado nacional de ônibus minguou para um terço do que era no primeiro semestre de 2013, antes da crise financeira. Ainda há uma longa estrada para o setor automotivo retomar sua força, mas o começo da recuperação já chegou na Marcopolo. Os dados foram apresentados no final da tarde desta segunda-feira aos investidores, em evento em São Paulo.
No primeiro semestre, a fabricante de ônibus de Caxias obteve receita liquida de R$ 1,295 bilhão, acelerada de 23,6% em relação ao mesmo período de 2016, quando havia alcançado R$ 1,048 bilhão. Sem desanimar por conta das incertezas políticas e econômicas, a empresa fez sua parte para tingir o resultado de azul, com o aumento da eficiência, a redução de custos e a otimização das unidades fabris.
– Fizemos a nossa lição de casa e agora estamos ainda melhor preparados para atender com mais eficiência a demanda interna, que esperamos volte forte – definiu Francisco Gomes Neto, CEO da Marcopolo.
O lucro bruto cresceu 8%, já o ebtida (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 0,8%, atingindo R$ 171,4 milhões e R$ 48 milhões, respectivamente. Já o lucro líquido recuou 43,8%, com o total de R$ 29,2 milhões, por conta do impacto de outras despesas operacionais.
No mercado brasileiro, a produção da Marcopolo foi de 2.435 ônibus, ainda longe do recorde de 8.295 unidades fabricadas no primeiro semestre de 2013. Ganhou força a venda de rodoviários no mercado doméstico, com impulso de quase 40%.
Caixa-Forte
Receita da Marcopolo, de Caxias, cresce 23,6% no semestre
Desempenho indica início da retomada na venda de ônibus e anima mercado automotivo pesado
Silvana Toazza
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