Ociosidade no parque fabril, dificuldades de financiamento e horizonte ainda nebuloso na economia deixam os industriais preocupados e inseguros quanto ao futuro.Os últimos dados divulgados nesta semana mostram essa interrogação. Após cinco meses consecutivos de alta, o Índice de Confiança do Empresário Industrial, levantamento feito pela Fiergs, voltou a cair em outubro, impondo maior incerteza sobre a continuidade do processo de recuperação. Isso não é exclusividade da pesquisa gaúcha.
A confiança do empresário apurada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) também caiu neste mês, depois de cinco meses de alta. Mesmo pequeno, o recuo acende um sinal de alerta para a recuperação da economia, ganhando dose extra de preocupação com a declaração dada pelo presidente da CNI, Robson Andrade, de que a volta do crescimento da indústria no Brasil não se dará antes de 2018, avanço moroso decorrente da necessidade de se construir um “ambiente propício”.
– Essa recuperação não é imediata. O crescimento da indústria depende, além do otimismo, do aumento do mercado interno e das possibilidades de exportações.Eu acho que em 2016 nós estabilizamos, paramos de perder. Acho que 2017 vai ser um ano em que vamos começar a plantar para recuperar, mas o crescimento da indústria mesmo é em 2018 – pontuou.
Caxias, que tem sua economia movida pela indústria, clama por essa retomada, que significa a volta da geração de empregos. Nas nossas empresas fabris, a utilização da capacidade instalada está em 67,8% – ou seja, há 32,2% de ociosidade nas estruturas e forças de trabalho. A indústria caxiense acumula queda nas vendas de 18,6% nos últimos 12 meses.
A torcer que a retomada se mostre vigorosa já a partir do próximo ano.
Caixa-Forte
Crescimento da indústria brasileira não se dará antes de 2018
Declaração do presidente da CNI, Robson Andrade, preocupa setor
Silvana Toazza
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