Bastante comentada na eleição que terminou no último domingo (27), a ideia de criação de uma representação oficial de Caxias do Sul no Distrito Federal deve andar rapidamente. Essa, ao menos, é a intenção da chefe de Gabinete da prefeitura, Grégora Fortuna dos Passos.
Segundo ela, a proposta está em fase final de análise e preparação, e a ideia é mandar o projeto para a Câmara de Vereadores nas próximas semanas. Com isso, seria possível uma aprovação ainda em 2024, para que a ideia seja implementada já no início da segunda gestão de Adiló Didomenico.
Grégora informa que a proposta está sendo pensada com bastante atenção há alguns meses, pois trata de uma estrutura diferente das que já estão em atividade no município. Além disso, ressalta que alguns modelos de trabalho já existentes, especialmente o Escritório de Representação do Rio Grande do Sul em Brasília (EBSB), estão sendo usados como modelo.
— A gente pegou por base também o escritório do governo do Estado, que já existe em Brasília, e nos apoiou em diversos momentos. São esses critérios que a gente está utilizando, mas claro que adequando à nossa realidade, por ser um município — ressalta a chefe de gabinete.
Antes de ser enviada a Câmara, a proposta ainda deve passar pela Secretaria de Gestão e Finanças e pela Advocacia-Geral do Município. Grégora ressalta que a criação da nova estrutura é uma promessa de campanha de Adiló, e que há a convicção de que será um instrumento importante para ampliar os contatos e a representatividade de Caxias do Sul:
— A ideia é criar esse cenário para apoiar o município nessas demandas que hoje já existem lá em Brasília. A gente tem o apoio do escritório do governo do Estado e da deputada Denise (Pessoa) em muitas pautas, mas aí vamos ter mais essa força lá, diariamente, para brigar pelos interesses no nosso município.
A instalação de uma representação em Brasília é demandada há muito tempo por entidades empresariais de Caxias do Sul, e também foi abordada por lideranças durante a campanha. Em entrevista à Gaúcha Serra, o presidente da CIC, Celestino Loro, defendeu que essa ação precisa ser executada "para ontem". Já o presidente do MobiCaxias, Rodrigo Postiglione, afirmou que a medida precisa ser tomada mesmo que possa gerar alguma contrariedade da opinião pública, pois é preciso levar em conta o retorno que isso trará para a cidade.