Após encerrar 2023 com a marca de ano mais violento da última década, Passo Fundo fechou o primeiro semestre de 2024 com redução de 35% nos crimes violentos contra a vida. O dado considera crimes como homicídio, feminicídio e latrocínio (roubo seguido de morte).
Neste ano, foram 22 registros nos primeiros seis meses, ante 34 no mesmo período em 2023. Todo o ano passado teve 47 homicídios.
A baixa nos indicadores segue uma tendência estadual, que registrou 18% a menos de assassinatos no primeiro semestre gaúcho. Os números de todo o Rio Grande do Sul foram apresentados na quarta-feira (10), conforme acompanhamento da Secretaria Estadual de Segurança Pública.
Nos casos de homicídio doloso, Passo Fundo apresentou redução de 32,14%: foram 28 no primeiro semestre de 2023 e 19 até junho deste ano.
Também houve queda nos casos de lesão seguida de morte, de uma para nenhuma vítima este ano. Já os casos de latrocínio e feminicídio se mantiveram estáveis: houve um registro de cada crime por semestre (veja a relação completa abaixo).
Por trás dos dados, o delegado regional de Passo Fundo, Adroaldo Schenkel, atribui o trabalho conjunto entre os órgãos de segurança da cidade no enfrentamento aos crimes violentos. No caso dos crimes com morte, o delegado elenca a agilidade da investigação da polícia especializada como a principal potencialidade da segurança da cidade:
— A Delegacia de Homicídios teve um incremento de pessoal recente e trabalha 24h. Vamos em todos os locais na hora do fato para reunir elementos de prova e identificação das testemunhas e já investigar o fato.
Schenkel cita como exemplo o homicídio ocorrido na quarta-feira (10), quando José Luis dos Santos Oliveira foi encontrado morto na Vila Rodrigues, em Passo Fundo.
— Em 12h da ocorrência já tínhamos o autor identificado e preso. Isto é um elemento muito importante no combate a esses crimes — completou o delegado.
Outros indicadores
Além dos crimes contra a vida, o delegado também destaca o monitoramento constante de indicadores da cidade. Esse trabalho resultou na redução de 32% casos de roubos (de 254 para 172), 13% nos furtos (de 1.177 para 1.024) e 3% nos estelionatos (de 905 para 875).
O crime de tráfico de entorpecentes, contudo, quase não oscilou: foram 139 registros em 2023 e 137 no primeiro semestre deste ano.
— Mantemos um monitoramento constante dos indicadores. Em reuniões mensais traçamos estratégias de combate para os crimes que estão crescendo. Também verificamos eventuais situações que exijam nossa maior atenção. Assim qualificamos tanto a repressão e a investigação, quando às representações a justiça, para garantirmos a prisão preventivas dos autores — resume Schenkel.