Com programa de adoção de espaços verdes da cidade, Passo Fundo possui atualmente 11 espaços sobre responsabilidade de pessoas físicas e empresas privadas, e outros cinco passam por processo de aceite ou renovação. O número atual é praticamente metade do cenário que se tinha antes da pandemia de covid-19, quando eram 20 áreas adotadas.
Entre os espaços que devem ser renovadas, estão inclusos as praças do Notre Dame, da Mãe e a do Boqueirão Legal. Após passar por análise, o termo de adoção é assinado pelo período de três anos, e as empresas passam a ser responsáveis pela manutenção, limpeza e zeladoria dos espaços. Tudo é fiscalizado periodicamente pela coordenadoria de serviços gerais da prefeitura.
Embora a avaliação seja positiva, o secretário da pasta, Alexandre Haeffener de Mello, explica que a prefeitura trabalha a fim de qualificar o trabalho que já é realizado, uma vez que alguns espaços ainda precisam ser melhor aproveitados:
— O Programa está dando certo, mas como toda iniciativa, sempre podemos melhorar e aprimorar. Nossas equipes trabalham para ampliar e qualificar, ajustando as que não estão funcionando como desejamos. Estamos investindo no ajardinamento dos espaços públicos para estimular as pessoas e empresas para tornar nossa cidade ainda mais bonita.
Quem utiliza os espaços para descanso e lazer, concorda com o panorama. A cobradora de transporte coletivo Patrícia Martins, frequenta o espaço de sombra entre um intervalo e outro do trabalho, e avalia que, com o projeto de Parque Linear, será preciso um cuidado com as demais praças que estão "apagadas":
— É um lugar bem bom da gente sentar, tem uma sombra e espaço para ficar, mas com certeza poderia melhorar. Tem canteiros que estão meio "apagados", então poderiam colocar flores ou algo para ficar mais bonito e colorido, ainda mais agora que estão reformando algumas.
Entre os exemplos, GZH Passo Fundo visitou os canteiros adotados na avenida Brasil, e diagnosticou alguns problemas, como falta de limpeza e poda das folhagens, espaços para jardinagem vazio e depredações. Já no Bairro Boqueirão, uma das primeiras praças adotadas na cidade, tem cuidados por conta uma floricultura há cerca de 20 anos.
— Pedi para adotar a praça porque queria ajeitar o espaço, e logo depois, a iniciativa deu ideia para programa em virtude da minha colaboração. Eu trabalho com a natureza e sei o quanto as plantas impactam na vida da pessoa e o quanto transformam. Nestes anos, notamos que as pessoas aprenderam a usar a praça, e de fato, tem pouco lixo e pouca sujeira — avalia a proprietária de uma floricultura, Claudia Vicentini.
Como funciona
Os espaços não são cedidos pela prefeitura, a pessoa física ou jurídica, com interesse na adoção de determinado local, formaliza o pedido, apresentando o projeto com as melhorias que pretende implementar. Este projeto é submetido a análise e, se aprovado, é formalizada a adoção através da assinatura do termo de adoção do espaço, pelo prazo de três anos.
Os canteiros da avenida Brasil que atualmente passam por reformas do Parque Linear também devem ser reestruturados e analisados para adoção assim que concluídos.