Com presença de mais de 700 pessoas, a cidade de Marau, no norte do Estado, sedia o primeiro de nove encontros do Movimento pela Educação, nesta sexta-feira (28). Promovido pela Assembleia Legislativa, o evento, que aconteceu na Casa de Cultura, tem objetivo de ouvir as demandas regionais em torno da educação, a fim de promover políticas públicas que atendam a comunidade.
Além de Marau, os demais encontros também serão realizados em cidades gaúchas de médio e grande porte, como forma de valorizar as regiões e envolver todos os municípios. As discussões trazidas serão entregues ao governador Eduardo Leite (PSDB), nesta tarde. Além disto, está prevista a criação de um marco legal pela educação no segundo semestre deste ano, que deve incluir as diretrizes defendidas pelas comunidades.
— Será incluído em um documento os encaminhamentos que as comunidades entendem que devem ser prioridade do poder público, e nós encaminhamos ao governo. Aqui em Marau, será entregue em mãos ao próprio governador — afirma o presidente da Assembleia Legislativa e ex-prefeito de Marau, deputado Vilmar Zanchin (MDB).
Necessidades
No primeiro painel do evento, mediado pelo jornalista Tulio Milman, representantes da área da educação da região Norte debateram sobre a qualidade do sistema de ensino, a sobrecarga dos professores e o uso das tecnologias como aliada. À tarde, junto ao governador, os prefeitos dos municípios devem apresentar novas discussões:
— Não há como falarmos de educação se não envolver toda a sociedade, não só os professores e prefeitos, a comunidade tem que participar e se envolver nesta discussão. Aproveitando o momento, entregaremos demandas de habitação, saúde e infraestrutura, como ligações asfálticas e acessos — adianta o prefeito de Marau, Iura Kurtz.
A agricultura, uma das principais fontes de economia da região, também deve ser discutida à tarde, durante audiência pública sobre o desenvolvimento regional. De acordo com o presidente do fórum estadual dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes), Roberto Vissoto, deverão ser comentadas as dificuldades do plantio, colheita e abastecimento de água.
— Na educação, vemos que as estruturas precárias são assunto que sempre vem à tona. Mas aqui no norte, região essencialmente agrícola, também precisamos falar deste assunto. A seca veio e praticamente fulminou as expectativas, e quando a agricultura não consegue prosperar, as pessoas acabam tendo dificuldades que impossibilitam o crescimento.