O edital para conceder o Parque Wolmar Salton, também conhecido como Parque da Efrica, para a exploração da iniciativa privada, deve ser lançado em 2025. Contudo, não há uma previsão exata para isso acontecer, disse o Executivo de Passo Fundo.
A estimativa tem a ver com a cobrança sobre a manutenção do local, que apresenta sinais abandono. Sede de diversas feiras no início da década de 2000, a área com cerca de 10 hectares fica às margens da BR-285 e é mantida pela prefeitura.
Quem chega no portão principal do parque, encontra o acesso interrompido e o portão acorrentado. Lá dentro é possível ver estruturas caídas e vegetação que avança sobre a concha acústica. Além disso, os espaços um dia usados pelos expositores estão em ruínas e apenas as paredes permanecem em pé.
No pavilhão principal, as plantas tomam conta e galhos dificultam a descida das escadas até o interior da estrutura. O parque também não tem Plano de Prevenção Contra Incêndios, o que impede a realização de eventos no espaço.
Em 2020, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei que deu permissão ao Executivo firmar contrato para concessão do parque. Mas desde então, o projeto pouco avançou.
De acordo com o procurador-geral da prefeitura, Adolfo de Freitas, o projeto ficou parado durante a pandemia. Desde então, a administração trabalha para licitar o espaço à exploração da iniciativa privada.
No período, houve a adequação na área das matrículas da prefeitura e do Sindicato Rural. O projeto para realização do edital de concessão está em análise, uma vez que o local possui restrições por conta do aeroporto e mananciais.
Segundo o setor de comunicação da prefeitura, a manutenção do Parque Wolmar Salton acontece periodicamente enquanto o local permanece sob gestão do Executivo.
Vizinhos pedem agilidade
Uma parte do terreno, administrada pelo Sindicato Rural, ainda recebe investimentos e alguns eventos ao longo do ano. Na última semana, por exemplo, realizaram melhorias na rede elétrica.
— Temos mantido tudo roçado e limpo porque para nós é importante manter essa estrutura bem localizada do lado da cidade, em frente ao Aeroporto. É um patrimônio do sindicato: foi uma doação do governo do Rio Grande do Sul — disse o presidente do Sindicato Rural, Carlos Fauth.
Na área do Sindicato Rural há também um estande de tiro, o que gera movimento constante no espaço. No entanto, a situação do outro lado da estrada principal, que divide as duas partes, preocupa.
— Esperamos melhores as condições da nossa vizinhança. Caso contrário, é o mesmo que na cidade ter um morador com a sua casa bem cuidada e do lado o vizinho com a casa abandonada — afirmou Fauth.
Segundo o presidente da instituição, o espaço poderia ser utilizado outros fins, como sediar empresas ou ser utilizado para eventos.
O que pode ser feito no Parque Wolmar Salton?
Por conta da proximidade com o Aeroporto Lauro Kortz e ser uma área de preservação de mananciais, existem restrições em relação a o que pode ser feito no parque.
Em junho deste ano, quando havia a expectativa de um novo edital ser lançado até dezembro, GZH compilou quais segmentos podem operar no espaço conforme o Plano Diretor de Passo Fundo. São eles:
- Agricultura
- Pecuária
- Silvicultura
- Hortifruticultura
- Comércio varejista e serviços Tipo IV: coleta e separação de resíduos (Classe III), comércio de insumos agrícolas e agropecuários, cereais e sementes, de máquinas e equipamentos agrícolas, de materiais de construção, de piscinas e seus acessórios, de veículos de carga, de ferro, aço e alumínio de sucatas em geral e laboratório em geral;
- Serviços de Educação: escola de Educação Infantil/Fundamental/Média/Superior, escola especializada, cursos profissionalizantes e entidade educacional;
- Serviços Religiosos: entidade religiosa e de culto ou igreja/templo;
- Industrial Tipo IV: indústria de grande porte, com a maior classificação de exigência.