Com a previsão de novos registros de temperaturas negativas ao longo do inverno, uma boa opção para manter os ambientes aquecidos são as lareiras ecológicas, alternativa portátil e que não demanda madeira para abastecer o fogo, mas álcool etílico.
Como podem ser carregadas para qualquer cômodo da casa, essas lareiras não demandam o uso de chaminé e têm baixa emissão de gases tóxicos ou fumaça, o que as tornam mais sustentáveis que as opções tradicionais. Nesse caso, o álcool utilizado é o etílico hidratado 92,8 gramas de álcool absoluto (INPM) ou 96 GL.
O consumo de álcool varia de acordo com o modelo e tamanho do queimador da lareira. Em média, utiliza-se 1 litro de álcool a cada duas horas para aquecer um ambiente de aproximadamente 35 metros quadrados. Este tipo de lareira também soma outros pontos positivos, como o fato de não emitir qualquer odor durante a utilização e a baixa manutenção de limpeza.
Com uma procura que cresce ano a ano, é cada vez mais comum que profissionais incluam lareiras ecológicas em seus projetos. Um exemplo é a arquiteta e urbanista Carol Paixão, que trabalha em Passo Fundo há sete anos. Segundo ela, o retorno dos clientes tem sido positivo.
— A motivação para essa escolha veio do desejo de criar um espaço acolhedor que refletisse os valores que também defendo nos meus projetos. Quando adiciono esta opção, os clientes demonstram grande satisfação e valorizam não apenas o aspecto estético, mas também a praticidade e o compromisso com a sustentabilidade — disse.
Alerta para os cuidados
Assim como outros tipos de aquecedores, as lareiras ecológicas também precisam de cuidados durante a utilização, como orienta o capitão João Fornasier, comandante do Corpo de Bombeiros de Passo Fundo. Segundo ele, o ideal é que os consumidores sempre adquiram equipamentos em lojas aptas à comercialização deste tipo de lareira, tendo preferência por aqueles com certificação para uso doméstico.
— O ideal é evitar o acendimento da lareira em locais sem ventilação ou com pouco oxigênio. Além disso, é importante não deixar perto de locais com materiais que facilmente possam entrar em combustão — disse o comandante.
Os cuidados também dever ser redobrados ao acender e reabastecer o aquecedor. A orientação é que a população utilize um acendedor largo para atear o fogo e se certifique que não há mais chamas ativas no momento do reabastecimento. Na prática, o ideal é verificar se já houve a queima total do combustível dentro do recipiente para evitar acidentes.
— É importante informar que o etanol (álcool de posto) não deve ser utilizado em lareiras internas, visto a possibilidade de contaminação do produto com substâncias tóxicas, como metanol, gasolina ou diesel que geram odores em sua queima — explicou Lucas Cappellaro, sócio proprietário de uma empresa especializada na fabricação dessas peças.
Outras formas de evitar acidentes são:
- Sempre seguir as orientações de segurança recomendadas pelo fabricante
- O álcool que for derramado fora do recipiente deve ser removido com tecido absorvente e limpo com água a fim de evitar que se tenha fogo fora da lareira ecológica
- Nunca deixe o equipamento funcionando sem supervisão ou saia de casa com a lareira ecológica acesa
- Não troque o equipamento de lugar com a chama acesa
- Crianças e animais de estimação devem ser mantidos longe da lareira ecológica
- Em caso de incêndio, não apague o fogo com água: utilize o extintor adequado de pó químico