A fábrica de rações Alisul Alimentos (Supra), de Carazinho, no norte gaúcho, está autorizada a voltar a funcionar depois de vistoria do Corpo de Bombeiros. O aval foi emitido na última quinta-feira (28) e era o que faltava para a desinterdição do prédio, dois meses após a explosão que causou a morte de dois funcionários e deixou quatro feridos, em 5 de fevereiro.
Depois do incidente, o prédio foi isolado e a fábrica recebeu o prazo de 24 horas para contratar um engenheiro que avaliasse a possibilidade de retorno do funcionamento da estrutura. Segundo o Corpo de Bombeiros, a empresa cumpriu o prazo e apresentou a certificação que avaliou que a edificação podia ser usada com segurança, passando assim de interdição total para parcial.
Dois meses depois, todas as reformas necessárias foram realizadas e os laudos exigidos apresentados. Dessa forma, a empresa recebeu o laudo que autoriza a desinterdição do Corpo de Bombeiros de Carazinho, confirmou o sargento Ederson Castro. Cerca de 60 funcionários trabalham no local.
— No prazo que transcorreu desde a explosão até 28 de março, a empresa regularizou toda a estrutura danificada por causa da explosão e fizeram reformas a mais na empresa — disse.
A Polícia Civil de Carazinho investiga o caso e a delegada Rita Felber De Carli informou que aguarda resultados do Instituto-Geral de Perícias (IGP) para dar continuidade aos trabalhos. GZH Passo Fundo buscou a empresa em Carazinho, que informou que a manifestação acontece através da matriz, localizada em São Leopoldo, na Região Metropolitana. Até a publicação desta reportagem, não houve retorno. O espaço segue aberto.
Último ferido já recebeu alta
Depois do acidente, três funcionários tiveram queimaduras de terceiro grau. Dois deles, João Carlos Chaves, 51 anos, e Adriano dos Santos Pedroso, 35, não resistiram aos ferimentos e morreram.
Um terceiro ferido ficou internado no Hospital de Clínicas de Passo Fundo, mas recebeu alta hospitalar. As informações sobre a data de saída e estado de saúde não foram divulgadas devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).