A ponte que conecta a comunidade de Cachoeirão, no interior de Marau, à área urbana da cidade está interditada há quase seis meses. O problema começou ainda em setembro de 2023, quando a enxurrada que atingiu o município causou o rompimento total da ponte e a passagem foi proibida pela Defesa Civil.
Desde então, cerca de 100 moradores que residem na comunidade precisam fazer um desvio de mais de 10 quilômetros para entrar e sair do local. Pessoas que têm propriedade na região argumentam que o transtorno aumenta com a volta às aulas, além de dificultar o trânsito de caminhões para o recolhimento de leite e outros insumos.
— Parece que não existe interesse em resolver, está bem complicado. As aulas começaram e o menino que mora ali perto o ônibus não foi buscar, porque não tem acesso — disse uma moradora que pediu para não ser identificada.
De acordo com o secretário de Obras de Marau, Alberto Trichez, o processo de licitação para reforma da ponte já foi realizado, assim como a ordem de serviço para início das obras. Segundo ele, a previsão é que os trabalhos iniciem na próxima semana, mas que o processo encontra-se no Departamento de Planejamento e Engenharia (Deplan) da cidade.
Questionado, o Deplan informou que a obra foi licitada com recurso disponibilizado ao município pela Defesa Civil em função dos estragos causados pelas chuvas. Segundo o órgão, a ordem de início da obra foi assinada na terça-feira (20) e a empresa vencedora tem cinco dias úteis para começar o trabalho. Dessa forma, a previsão para o início da obra ficou para a próxima terça (27).
Desde a chuva de setembro de 2023, Marau chegou a ter 12 pontes prejudicadas. Dessas, pelo menos seis foram interditadas.