Motivo de preocupação entre proprietários de túmulos, o muro lateral do cemitério municipal do bairro Petrópolis, na rua Gaspar Martins, não suportou a força das chuvas que atingiram Passo Fundo no começo de setembro e desabou.
Depois do episódio, na madrugada de 4 de setembro, a prefeitura de Passo Fundo colocou pedras para contenção no local e isolou a área. O Executivo é o responsável pela gestão dos cemitérios através do Núcleo de Cemitérios da Secretaria de Transportes e Serviços Gerais.
De acordo com o secretário de Transportes e Serviços Gerais, Alexandre de Mello, agora o poder público elabora um projeto para recuperação do muro, em parceria com a Secretaria de Planejamento. Em seguida, o projeto vai para licitação.
— Nós fizemos a contenção com pedras, solicitado pelo engenheiro da Secretaria de Planejamento. O local já foi avaliado, estamos com laudo pronto e aguardando a finalização do projeto para licitarmos a obra — afirma.
Questionado sobre prazos, Mello disse que pretende que o projeto seja finalizado "em breve". A expectativa é que o início da execução da obra seja ainda neste ano.
— Todas as medidas foram adotadas, em breve estaremos com o muro novamente edificado — completa.
Segundo o secretário de Transportes e Serviços Gerais, a queda do muro não atingiu os jazigos existentes nas proximidades. Em junho deste ano, GZH divulgou que a situação do muro gerava preocupação na comunidade por uma possível queda, em razão da estrutura apresentar fissuras entre o muro e a base dos jazigos, na época.
Situação antiga e previsível
Vandeli Beltrame Franquini, que possui familiar no cemitério da Petrópolis, lamenta a situação atual do local. Segundo ela, o espaço está "abandonado" há alguns anos.
— Esse cemitério está um caos, todo aberto, sem grade. Está abandonado mesmo. O muro até que demorou para cair. Tem uma capela perto, que também está para cair. Se não tivesse colocado pedras quando desmoronou, a capela iria junto. É uma situação triste — pontua.
Moradora nos arredores do cemitério, Rosimari de Fátima Lemes da Silva aponta que a situação do muro é uma demanda antiga da comunidade que mora ali perto.
— Ele estava quase estourando há anos. Nós (comunidade) tínhamos muito medo dele cair por causa da chuva, e agora de fato aconteceu — enfatiza.
As moradoras do bairro Petrópolis também relatam que falta grade na quadra debaixo do cemitério, também na rua Gaspar Martins.
— Não tem grade aqui mais, esse espaço fica aberto durante a noite — pontua Vandeli.
Segundo Mello, a ideia é que, após a recuperação do muro que caiu, o projeto possa contemplar um novo muro no espaço que atualmente está aberto.