As férias devem aumentar o movimento no aeroporto de Passo Fundo. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) espera que mais de 25 mil pessoas passem pela estrutura de 3 de julho a 3 de agosto. O número é 120% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 11,4 mil pessoas passaram pelo local.
O motivo seria a nova área de embarque e desembarque inaugurada em janeiro. A estrutura ampliou o número de empresas que prestam o serviço na cidade, de duas para três. Hoje estão disponíveis cinco voos diários, de segunda a sexta-feira, além dos fins de semana para Guarulhos (SP), Campinas (SP) e Florianópolis (SC).
Essa é a maior projeção de movimento da Infraero, que estima 4,5 milhões de passageiros nos aeroportos administrados pela entidade somente no período de férias em todo o país. Na comparação, a estimativa de aumento para o aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (RJ), é de 42% de julho a agosto.
Cenário otimista
A autorização para voos noturnos e uso de aeronaves a jato e de maior porte também contribuem para o cenário positivo.
Elisandra Fachi é sócia de uma agência de viagens em Passo Fundo e confirma que os fatores estão refletindo nas vendas dos pacotes para turismo no país e no exterior.
— Hoje a gente tem uma demanda de mais de 50% do que tínhamos. Os passageiros buscam sair do aeroporto de Passo Fundo pela comodidade, flexibilidade, de conexões tanto nacionais quanto internacionais. Então, hoje, se você pegar um voo aqui, na parte da manhã ou no início da tarde, amanhã pela manhã você já está na Europa, por exemplo. Isso facilita muito a vida do viajante.
Júlia Pereira é psicóloga e decidiu fazer a sua primeira viagem internacional.
— Facilitou muito essa questão de não precisar ir até Porto Alegre para chegar até São Paulo. O voo daqui para São Paulo é 1h30, então facilita muito a vida não ter tantas conexões.
A expectativa da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio (Acisa) é que o crescimento se mantenha ao longo do ano, o que já é sentido pelos empresários. Todos estão otimistas pelo que ainda pode vir.
— O aeroporto se tornou a porta de entrada de investidores na sexta maior economia do Estado. A gente tem aqui algumas empresas importantes na cidade e que se relacionam com o resto do mundo. O terminal passa a ser estratégico justamente por essa ligação e essa facilidade de locomoção — disse Cássio Roberto Gonçalves, presidente da Acisa.