Os 16 clubes que já estão confirmados na Série C de 2025 devem propor à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que a competição seja disputada em formato de pontos corridos. O presidente do Ypiranga, assim como a maioria dos dirigentes, defende a ideia que o certame ocorra em 38 rodadas, a exemplo das Séries A e B.
O regulamento atual conta com três fases. A primeira acontece no formato de pontos corridos, na qual os 20 clubes se enfrentam entre si em turno único, com 19 rodadas. Os oito primeiros se classificam para dois quadrangulares, e se enfrentam em dois turnos. Os dois primeiros de cada grupo conseguem o acesso para a Série B.
Já a terceira fase é a final. Ela ocorre entre os líderes de cada quadrangular. Assim, a ideia dos presidente é que a Série C passe de 27 rodadas para 38.
Para o presidente do Ypiranga, Adilson Stankiewicz, a mudança é positiva para a Série C, "para qualificar o campeonato":
— A competição vem se qualificando ano a ano, principalmente no que diz respeito a cotas. Uma mudança na fórmula, passando a equivaler em fórmula das Séries A e B, é muito importante para a visibilidade dos clubes, dá calendário o ano inteiro para nós e para os atletas, e também vai permitir a busca de maiores recursos, visando uma Série C mais qualificada — afirmou, garantindo que a medida também beneficiaria patrocinadores.
Entraves para a mudança
Um dos empecilhos para a mudança da Série C para pontos corridos, com 38 rodadas, são os custos. Em 2024, a competição teve um custo de R$ 26,5 milhões, distribuídos da seguinte forma: cada um dos 20 clubes participantes recebeu R$ 1,2 milhão pela participação na primeira fase. Os oito que avançaram para os quadrangulares ganharam mais R$ 312,5 mil.
Além disso, o tempo para os presidentes apresentarem a proposta de alteração de formato também é curto. Isso porque o calendário para a próximo temporada será apresentado ainda neste ano pela CBF. Assim, os dirigentes estudam as possibilidades de atrair novos patrocinadores para deslumbrar a entidade.
— Até agora ninguém foi contrário, mas alguns clubes querem uma cota maior e uma logística mais favorável. Eu sei que o pessoal está atrás de um eventual patrocinador, que ajude a bancar os custos adicionais que a CBF terá também, então esse assunto ainda está bastante preliminar, mas acredito que ainda esse ano a gente deva levar a posição até a CBF — afirmou.
Stankiewicz declarou que os dirigentes estudam a possibilidade de fazer um encontro virtual para definir o andamento da situação. Em 2025 o Ypiranga fará a sua décima participação na Série C. Desde 2016, quando disputou pela primeira vez, o time gaúcho bateu na trave quatro vezes para conquistar o acesso à segunda divisão nacional.