Nesta quarta-feira (27), Inter e Fluminense fazem o primeiro jogo da semifinal da Libertadores, no Maracanã. Na véspera de um dos jogos mais importantes do Colorado no ano, Elias Figueroa, um dos maiores ídolos do clube, relembrou o confronto histórico contra o Fluminense.
Em 1975, o Colorado venceu o Tricolor por 2 a 0, no Rio de Janeiro, na semifinal do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o Inter jogou no Maracanã, que recebeu 97.908 torcedores. Além da pressão da torcida, o clube precisava passar pelo Fluminense, que era considerado um dos favoritos ao título do Brasileirão.
Lula e Paulo César Carpegiani fizeram os gols que garantiram a classificação do Colorado para a final do Brasileirão. Na decisão, o Inter acabou conquistando o seu primeiro título brasileiro.
Nesta terça-feira (26), Elias Figueroa, um dos maiores ídolos da história do Inter, esteve em Passo Fundo para participar de um jantar organizado pelo consulado colorado do município. Antes do encontro com os torcedores, ele participou de uma entrevista coletiva e lembrou do duelo histórico contra os cariocas.
— É uma boa lembrança. Na época, o Fluminense tinha bom time, a gente também. Jogamos lá, tanto o Rio quanto São Paulo eram lugares difíceis de jogar. Mas nós sempre tivemos bons jogadores.
O ídolo colorado lembrou que os companheiros de time falavam sobre a qualidade do adversário da época, mas a confiança do grupo foi determinante para a vitória no Maracanã lotado.
— Todo mundo falava que era muito difícil, que o Fluminense era uma máquina. Mas a gente confiava em nós mesmos. Eu sempre falava para eles (colegas de time) que também éramos bons. Dentro de campo somos 11 contra 11, tínhamos um bom time. Eu era um pouco mais experiente do que alguns e eu sabia que éramos melhores.
Figueroa vive no Chile e afirma que não acompanhou todas as partidas do Inter nesta temporada. Mas a identificação com o clube ele não esquece e pede que os jogadores honrem a camisa do time.
— A gente tem sempre o coração vermelho. É difícil agora, estando fora de campo. Dá vontade de entrar no campo. Os jogadores que vestem a camisa do Inter têm de saber o que eles representam. Não só como clube, mas um estado.