A Polícia Civil já iniciou a investigação sobre o caso de injúria racial que ocorreu no jogo de volta da semifinal do Gauchão de Futsal entre Guarany e Atlântico, no último sábado (30), em Espumoso. A partida estava na prorrogação quando um torcedor do time da casa chamou o goleiro João Paulo, da equipe de Erechim, de “macaco”.
Conforme o delegado Felipe Cavalcanti, as testemunhas estão sendo ouvidas pela polícia. Ele não deu detalhes do andamento do processo para não atrapalhar as investigações.
O autor da ofensa ao goleiro do Atlântico deverá ser ouvido pelas autoridades nos próximos dias. O delegado afirmou à reportagem de Zero Hora, que pretende finalizar as investigações até o dia 13.
Se condenado pelo crime de injúria racial, o torcedor acusado pode pegar de dois a cinco anos de prisão.
Decisão do TJD
Nesta quinta-feira (5), o caso foi julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS). O indivíduo foi punido e não poderá comparecer a jogos pelo período de 720 dias. O tribunal ainda puniu o Atlântico com a perda dos três pontos e, consequentemente, com a eliminação da competição, por abandonar a quadra em meio à partida.
Com a decisão do TJD, o Guarany está na final do Gauchão e enfrentará a Yeesco Futsal. O primeiro jogo será em Carazinho e a volta em Espumoso. No entanto, o clube foi multado em R$ 10 mil e punido com dois jogos com portões fechados. Porém, o clube pretende entrar com efeito suspensivo para ter torcida na grande final.