Três alunos surdos do 7º ano do colégio estadual Joaquim Fagundes dos Reis, em Passo Fundo, estão sem o auxílio de uma intérprete de libras desde o dia 2 de junho. A profissional que prestava o serviço pediu desligamento das atividades e desde então não houve a substituição. Os pais, que preferem não ser identificados, já procuraram a direção da escola e temem que os filhos sejam prejudicados pela falta de acompanhamento.
— Meu filho estava iniciando o aprendizado da língua quando a professora foi tirada dele. Está perdido e muitas vezes não quer ir para a aula porque fica sem entender o que acontece em sala de aula — afirma uma das mães.
No mesmo dia que a intérprete deixou a instituição, a 7ª Coordenaria Regional de Educação (CRE) foi informada do caso para que providenciasse uma nova contratação. Três semanas depois a situação permanece a mesma. A coordenadoria afirma que no dia 5 de junho abriu o chamado e que nenhum servidor da rede com carga horária sobrando foi encontrado e que por isso precisará buscar o banco de reservas.
— O pedido dessa contratação foi enviado para Porto Alegre que precisa agora autorizar o andamento do processo. Tendo esse retorno vamos conseguir chamar os interessados em assumir a turma. Acredito que até o fim da semana tudo seja resolvido — afirma a coordenadora da 7ª CRE, Carine Weber.
Até a saída da intérprete, duas profissionais estavam realizando os atendimentos semanais. Uma para o 7º ano e outra para o 8°. Essa última segue trabalhando. As famílias aguardam o quanto antes por uma solução.
— Não é possível deixar que as coisas sigam assim, é uma questão de inclusão e de direito. Os professores tentam ajudar escrevendo no quadro, mas a explicação, os exemplos, estão perdendo — afirma a mãe de outro aluno.
GZH Passo Fundo
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