Uma iniciativa do poder público de Espumoso, no norte do Estado, visa fomentar temas como a sustentabilidade e a conscientização com o meio ambiente em escolas municipais da cidade. Por meio de um investimento de aproximadamente R$ 165 mil, o município e a Câmara de Vereadores adquiriram oito biodigestores que transformam resíduos orgânicos em gás de cozinha e adubo para dez instituições de ensino Infantil e ensino Fundamental.
A ideia, de acordo com a secretária de Educação, Cultura e Turismo, Magali Pereira de Oliveira, é incentivar os alunos com pesquisa e conhecimento por meio da transformação sustentável oferecida pelo equipamento. Segundo ela, o biogás será utilizado para cozinhar a merenda dos estudantes. Já os biofertilizantes serão usados nas hortas das escolas.
— Os biodigestores já estão em funcionamento, produzindo biogás e os biofertilizantes. Desta forma, os alunos observam e aprendem a reutilizar os resíduos e ser sustentável. Eles terão muito conhecimento por meio da observação deste processo e também vão aprender a proteção ao meio ambiente. Podem ver na prática como funciona. É um projeto de estudo e pesquisa para as escolas — pontua.
Os equipamentos foram instalados na última semana em oito escolas. Das dez escolas do município, duas irão utilizar o equipamento de educandários próximos. Mesmo que os aparelhos já estejam em funcionamento, existe uma previsão de fazer uma cerimônia de entrega em 27 de junho, conforme a pasta.
Como funciona
O biodigestor atua por meio de um processo biológico anaeróbico, independente de energia elétrica, que transforma os resíduos orgânicos em biogás e biofertilizante natural.
Com diferentes modelos, o biodigestor pode receber até quatro quilos por dia de resíduos orgânicos e esterco animal. Instalado em solo, o equipamento realiza o consumo da parte orgânica e forma o biometano e o biofertilizante, dependendo da quantidade de resíduo e água utilizada.
Dependendo o modelo, ele pode produzir de duas a três horas de gás de cozinha diário no modelo mais simples e de cinco a sete horas de gás em modelo mais sofisticado, por meio de ligação do equipamento até o fogão.
De acordo com o representante da empresa HomeBiogas, João Carlos Ramos da Silva, que realizou a instalação dos equipamentos nas escolas, o sistema é utilizado em mais de 150 países. No Brasil, já existe há quatro anos e foi instalado em outros municípios do Estado, como Ibirubá, São Pedro das Missões, Carazinho, Porto Alegre e Venâncio Aires. Segundo ele, é uma tendência.
— É um sistema que produz energia limpa e renovável, cozinhando com gás limpo, sem prejudicar o meio ambiente e também com menos lixo para o aterro sanitário. Também significa menos gás de efeito estufa, além de melhorar a qualidade de vida da comunidade. Já instalamos em diversos municípios do Estado, tem se tornado uma tendência — afirma.
GZH Passo Fundo
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