Em 2006, Passo Fundo, município na região norte do Estado, ganhava projeção no país ao ser nomeado Capital Nacional da Literatura, por meio de uma lei sancionada pelo presidente da República, na época, Luiz Inácio Lula da Silva. O título veio em razão dos trabalhos realizados em prol da cultura, com eventos e ações dentro e fora das salas de aula.
Dezessete anos depois, o trabalho para criar novos leitores continua e ele começa cedo.
De acordo com dados da secretaria municipal de Educação, são mais de cinco mil estudantes estão matriculados nas escolas de educação Infantil do município. É nessa faixa etária, dos seis meses aos seis anos, que os olhos estão voltados por parte do poder público. É ali que o futuro dos jovens começa e muito se dá pelos livros que leem.
Em 2017, a escola Cantinho da Ritinha, no loteamento Santa Rita, iniciou o projeto Sacola de Leitura. A turma escolhe a obra de um autor para ler e cada semana o exemplar vai para a casa de alguém, para que seja apreciado com a família. Depois cada um precisa contar a experiência, seja por foto, texto ou vídeo.
— É lindo ver eles retornarem com o projeto, relatarem o que gostaram, os aprendizados e perceber o quanto isso faz bem para todos que participam. É uma satisfação imensa — comenta a professora, Suzana Menezes.
Nas paredes da escola cartazes com capas de livros mostram alguns dos títulos lidos durante o ano. São histórias que falam sobre amor, respeito e união. Um espaço criado no prédio é dedicado aos bebês e aos mais pequenos. Nele os livros trazem desenho, cores e sons.
— Nós acompanhamos a transformação da criança pela fala. É uma estimulação precoce que acompanhamos com o passar dos dias, e percebemos o quanto elas vão evoluindo. É uma curiosidade saudável, não tem explicação — frisa a assistente de educação Infantil, Ester Nunes.
Projetos semelhantes também são desenvolvidas nas outras 72 escolas da rede municipal. Quem sempre trabalhou com a educação, sabe a importância de iniciativas assim, seja qual for a rede de ensino, pública ou privada.
— Podemos formar jovens que pensam em um futuro, que saiam preparados para enfrentar o trabalho, os desafios dentro desse mundo que a gente descobre através da leitura. Falamos para eles que a leitura da asas à nossa imaginação, que transformam a nossa realidade. Nos tornamos pessoas mais cultas e que podem enfrentar os desafios da vida — ressalta a diretora da escola Cantinho da Ritinha, Mônica Palharini.
Dia Nacional do Livro Infantil
Dia 18 de abril é a dada escolhida para celebrar o Dia Nacional do Livro Infantil, pois em 1882 nascia o primeiro escritor brasileiro a escrever para crianças: Monteiro Lobato.
GZH Passo Fundo
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