Com as inscrições da 8ª edição do Funcultura encerradas em abril, os projetos agora passam pela fase de conferência de documentação e habilitação. O resultado das avaliações deve ser divulgado em 15 de junho, de acordo com a Secretaria de Cultura de Passo Fundo. Depois, ainda há a fase de recursos, mas ainda sem data para o pagamento do prêmio.
O lançamento do edital referente a 2023 foi cobrado por artistas da cidade em uma carta-manifesto entregue à administração pública em fevereiro. No documento, o setor pedia a publicação da 8ª edição, em atraso, e da 9ª edição, referente a 2024. Conforme a secretária Miriê Tedesco, a prefeitura avalia a possibilidade de lançamento do nono documento.
O fundo é uma iniciativa da prefeitura, que prevê R$ 500 mil para projetos culturais do município. Nesta edição, foram 161 projetos inscritos, o maior número até agora. Destes, 37 serão premiados, sendo 30 prêmios de R$ 10 mil, seis prêmios de R$ 25 mil e um prêmio de R$ 50 mil. Os próximos passos da avaliação são a apuração das pontuações, divulgação dos resultados prévios, fase de recursos e, por fim, a premiação.
Os projetos são voltados a 10 setoriais que compõem o Conselho Municipal de Políticas Culturais. São eles:
- Artes Visuais
- Artesanato
- Arquitetura, Urbanismo e Patrimônio Material e Imaterial
- Cultura Popular
- Dança
- Empresas e Produtores Culturais
- Literatura
- Música
- Sistema S – Eventos e Processos Culturais
- Teatro
Também alvo da manifestação dos artistas, o prêmio da Lei Paulo Gustavo (LPG) teve o pagamento efetuado parcialmente em maio. O dispositivo é dividido em duas frentes: audiovisual e demais áreas, sendo que a segunda recebeu o pagamento integral.
A área de audiovisual, no entanto, aguarda um parecer do Ministério Público para receber a verba, em razão de um recurso encaminhado por um proponente, segundo a secretária. O valor total da premiação é de R$ 1,65 milhão oriundos do governo federal, sendo R$ 1,1 milhão para a categoria audiovisual e R$ 477.402 para demais áreas.
Dificuldades do setor
O setor cultural também enfrenta as consequências das enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul entre o fim de abril e começo de maio. Apesar de Passo Fundo ter sido pouco afetada pela chuva, o cancelamento de eventos e apresentações resulta em prejuízo aos artistas locais.
— Todas as pessoas com quem converso, desde a música ao teatro, falam que tudo foi cancelado, todas as nossas apresentações, todas as nossas viagens. A gente teve um cancelamento geral. A enchente nos pegou quase como a pandemia, onde a gente para o setor cultural até dar uma retomada em tudo — relata a atriz e produtora Dani Dal Forno.
Uma iniciativa de produtoras culturais criou a Ajuda para Todos os Artistas do Rio Grande do Sul (Apta RS). A campanha arrecada fundos que serão destinados mensalmente para artistas que precisam do apoio. Um formulário online foi disponibilizado para inscrição dos interessados.