Com o baixo estoque do gás de cozinha em Passo Fundo, a venda em algumas distribuidoras foi limitada para evitar o desabastecimento no município. A entrada do produto caiu desde que a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), unidade da Petrobras em Canoas, parou de engarrafar o produto por causa do bloqueio das rodovias e dificuldades de logística no RS.
O motivo é o alto volume de estoque, pois as engarrafadoras não estão conseguindo retirar. A expectativa é que a produção seja retomada assim que houver demanda para o produto estocado, o que deve acontecer depois do desbloqueio de rodovias para a passagem dos veículos.
— Infelizmente está cada vez mais delicada a situação. Um caminhão chega com 400 botijões vazios e sai com 100 cheios. Bases de Pelotas e Passo Fundo, que estavam ajudando na demanda, ficaram sem carga ontem à tarde — disse o presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral do Rio Grande do Sul (Singasul), Ronaldo Tonet, à coluna de Giane Guerra.
Para driblar a redução, algumas fornecedoras de gás de cozinha de Passo Fundo buscam o combustível em Araucária, no Paraná. Segundo uma companhia de fornecimento do produto na cidade, não há previsão de falta do gás de cozinha em Passo Fundo, mas a venda está sendo limitada por causa do estoque reduzido.
— Estamos restringindo a venda para uma unidade de GLP 13kg por cliente para podermos atender o maior número de residências possível — disse a empresa PW Gás, consultada pela reportagem.
Há, ainda, limitação de vendas nas empresas Gás Petrópolis e Supergasbras. No caso da Gás Petrópolis, o fornecimento do combustível ocorre direto de Araucária, enquanto a Supergasbras informou que trabalha "dentro das limitações de deslocamento em que a localidade se encontra".
A Liquigás, por sua vez, informou que a entrega do produto pode atrasar por causa da distância, mas o estoque não está desabastecido.
Colaborou Alessandra Hoppen.