A pandemia de Covid-19 foi um choque de realidade para a sociedade e para o mundo dos negócios em particular. Para se manter vivos, indústria, comércio, serviços e até mesmo o agronegócio tiveram de incorporar as palavras tecnologia e inovação não só no léxico, mas na prática diária.
E foi essa percepção que originou a Feira de Inovação, Tecnologia, Negócios e Geração de Conteúdo (Feitech), gerida pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio de Passo Fundo (Acisa). A primeira edição ocorreu no ano passado e a próxima será realizada de 14 a 16 de setembro, no Gran Palazzo.
– Sobreviveu quem se adaptou e inovou. Não necessariamente inovação e tecnologia precisam andar juntas. Um restaurante, por exemplo, teve que inovar aderindo à tele-entrega. Não teve a tecnologia, mas teve a inovação. E teve aqueles que compraram tecnologia para resolver um determinado problema – conta o presidente da Feitech, Evandro Silva.
O evento teve como base a extinta ExpoAcisa, uma feira empresarial que por 15 edições mobilizou a região. Mas a ideia agora era unir o setor e buscar parcerias para compartilhar conhecimentos sobre inovação.
– Nós temos muitas empresas que trabalham com viés da tecnologia e que também possuem a inovação no seu DNA, na sua cultura empresarial. Isso faz com que Passo Fundo, hoje, possa ser uma referência em muitas áreas, seja no serviço, na agricultura de precisão, nas empresas e também nas instituições de ensino. Faz com que Passo Fundo seja uma cidade economicamente muito atrativa para investimentos. E a Feitech vem para azeitar esses pilares. A ideia é que a gente possa fomentar um grande hub e que o setor de tecnologia seja mais um pilar da nossa economia – projeta o presidente da Acisa, Cássio Gonçalves.
A seguir, veja 5 motivos para acompanhar a feira neste ano:
1) Presença do Google
A programação da feira é dividida entre palestras, workshops e painéis, além de um espaço de exposições. Lá, empresas, startups e instituições de ensino que desenvolvem ou que empreguem inovações tecnológicas apresentam seus trabalhos. O presidente da Feitech aposta que serão destaques nesta edição as palestras dos jornalistas de GZH Giane Guerra, que vai fazer um panorama sobre a inovação em relação às empresas, e Luciano Potter, que falará sobre a inovação na vida das pessoas. Mas a grande novidade da feira neste ano será a participação do gigante digital Google.
– Representantes do Google vão palestrar sobre inteligência artificial e inovação na educação, e ainda terão um estande para interagir com a comunidade, com as empresas e com o poder público – antecipa Silva.
2) Ponte entre tecnologia e inovação
A segunda edição da Feitech vai apostar bastante no elo entre inovação, tecnologia e educação. Além de uma oficina do Sebrae para professores, que apresentará cases de sucesso do uso de tecnologia em sala de aula, foi criada a iniciativa Despertar, que colocará na vitrine projetos selecionados em escolas públicas e privadas da região. Além de exporem seus trabalhos, os estudantes terão a oportunidade de defender a viabilidade prática de suas atividades.
– Antes da feira, eles passarão por uma oficina de pitching e, no evento, eles farão a apresentação. Uma banca vai avaliar e escolher um projeto de cada rede e eles serão mentoreados por nós e pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Porque acreditamos na possibilidade de um trabalho de aula virar uma startup – diz Silva.
3) Maratona de tecnologia
Outra novidade da edição será o hackathon (maratona de tecnologia) batizado de GOV.THON. A ideia é que, nos três dias do evento, os participantes desenvolvam uma solução tecnológica ou inovadora para algum desafio urbano.
4) Entrada gratuita
No ano passado, a Feitech recebeu um público de cerca de 5 mil pessoas, número que deve ser muito maior esse ano. Isso porque em 2023 a entrada será gratuita. Conforme Evandro Silva, essa é uma forma de garantir o acesso e a inclusão do grande empresário ao microempreendedor.
– A inovação é transversal. Está na educação, na saúde, na indústria e no comércio. Se está em todos os segmentos, ela impacta todas as pessoas. Mas nem todas as pessoas têm condições de viajar e pagar para estar em um evento que não é barato. Então, conversamos com as empresas parceiras sobre o projeto de não cobrar entrada nem para as palestras nem para o acesso à feira. Foram feitas cotas [de patrocínio] e a prefeitura, a UPF, a Be8, Razão Info e o SebraeX fizeram o aporte que permite que o evento seja gratuito – explica o presidente da feira.
5) Ecossistema de inovação
Cássio Gonçalves reforça que a Feitech é um ecossistema de inovação que oportuniza aos empresários falar sobre suas demandas, trocar ideias e descobrir de que forma a tecnologia pode ser útil ao seu negócio, aos seus funcionários e aos seus clientes.
– Esse é um dos principais propósitos, aproximar os empresários. Além de eles poderem apresentar suas potencialidades, poderão desmistificar muita coisa com relação à inovação e entender que a tecnologia veio para ficar – resume.