“Croissant é muito bom, mas nada supera o churrasco gaúcho, ainda mais o feito em Passo Fundo”, conta Gabriel Lamaison, 29, passo-fundense que vive a experiência de acompanhar os Jogos Olímpicos de Paris em 2024.
Ao longo dos 19 dias do principal evento esportivo do mundo, Lamaison, que trabalha com pré-vendas, já acompanhou partidas de futebol no Vélodrome, em Marselha, e de vôlei de praia no estádio da Torre Eiffel, em Paris.
Entre os registros, Gabriel fez fotos com medalhistas como Beatriz Souza e William Lima, do judô. Uma imagem com a sensação da ginástica, Rebeca Andrade, ainda está nos planos.
— Uma experiência que vou levar para o resto da minha vida. Parece que todo mundo está sintonizado aqui. Pessoas que nunca se viram na vida, mas mesmo assim interagem. É o espírito olímpico — disse o passo-fundense.
A ideia de acompanhar os jogos foi a oportunidade de unir dois sonhos: visitar Paris e assistir uma olimpíada ao lado da namorada, Vívian do Nascimento, 30.
Os dois economizaram dinheiro e, no tempo livre, pesquisavam passagens, estadia, e alimentação. Segundo o casal, reunindo todos os gastos, o investimento girou em torno de R$ 25 mil.
— Isso claro buscando locais mais baratos. Não estamos no hotel mais top ou comendo no melhor restaurante. Comida buscamos o mais básico no mercado. Nada de ostentar. O foco é curtir os jogos — contou.
Perrengue chique
O país do Velho Continente sempre teve a imagem ligada à elegância e também ao amor — muito por causa da capital Paris. Porém, Lamasion revela que quando o assunto é uma viagem, o perrengue sempre está no pacote.
— O nosso foi com um ônibus. Saímos de um jogo de futebol em Marselha. Na rodoviária, para voltar a Paris, o ônibus demorou 3h para chegar. Durante a viagem, ainda perdemos a conexão e tivemos que pegar outro ônibus. Esse mesmo ônibus ainda fez mais uma conexão. Ou seja, ficamos em torno de 20h dentro de um ônibus só para retornar a Paris — disse, aos risos.
Apesar do perrengue, o passofundense definiu a organização como “ótima” e “didática”. Os turistas podem acompanhar placas nos pontos de ônibus e metrôs com informações dos locais de parada e caminhos para as arenas.
— E muitos voluntários também. São sempre muito simpáticos e solícitos. Às vezes estávamos só caminhando e eles nos perguntavam se precisávamos de alguma coisa ou alguma informação. Isso facilita muito.
Experiência além da torcida pelo Brasil
Estudante de Educação Física e apaixonado por esportes como atletismo, vôlei e ciclismo, Lamaison conta que ver e conhecer os atletas de perto vale por toda a viagem. As fotos com os judocas Beatriz Souza e William Lima foram tiradas na “Casa Brasil”, local onde o público tem contato mais próximo com os atletas brasileiros.
— Tu está ali, gritando para eles e sentindo aquela energia da galera. Porque nas Olimpíadas a gente não torce só para o nosso país, mas para todos os atletas, independente de ser do Brasil ou não, a gente está gritando para todos — disse.
Questionado sobre o ambiente em volta da ginasta Rebeca Andrade, o passo-fundense conta que os torcedores falam a todo momento da brasileira, mas também ligam a figura dela a Simone Biles, a norte-americana rival de Rebeca que é considerada uma das melhores de todos os tempos.
— Ainda não sabemos se ela vai aparecer ou não (na Casa Brasil), mas tá todo mundo está na expectativa por isso — pontuou Gabriel.