O anúncio de retorno do Oasis, na terça-feira (27), segue repercutindo em todo o mundo. A reunião dos irmãos Liam e Noel Gallagher já gerou uma busca "sem precedentes" por ingressos, segundo a banda, mesmo com shows marcados somente no Reino Unido e Irlanda.
Enquanto isso, o resto do planeta aguarda a chance de disputar um lugar para o show da dupla, que esteve no Brasil pela última vez em maio de 2009.
Há 15 anos, uma excursão saía de Passo Fundo em direção a Porto Alegre para acompanhar aquela que seria a última apresentação da banda em território brasileiro, em 12 de maio.
— Foi tudo sensacional. E por ser em um local menor, tinha aquela pegada mais intimista, mais próxima. Eles tocaram todos os grandes sucessos, menos Live Forever, que não estavam tocando naquela turnê. Mas a cada intervalo de música, as pessoas pediam — relembra Maurício Rigotto, 53, que esteve no Ginásio Gigantinho para o show.
O tamanho do ginásio, inclusive, foi motivo de reclamações de Noel, que fez uma publicação questionando por que precisavam tocar em um local como o de Porto Alegre. Mais tarde, porém, o músico voltou atrás e fez um agradecimento especial aos fãs da América do Sul.
Três meses depois, em agosto, o irmão mais velho deixaria a banda após uma briga com Liam, oficializando o fim do Oasis por mais de uma década. O encerramento das atividades tornou o espetáculo na Capital ainda mais marcante.
— Não se imaginava que a banda ia acabar de repente, mas você percebia aquela animosidade entre os dois. Eles não interagiam muito no palco, mas foram muito profissionais — recorda Rigotto.
Com o fim, os dois músicos seguiram carreira solo. No começo do ano, Liam lançou um álbum em parceria com o ex-guitarrista do The Stone Roses, John Squire. Já Noel teve seu último trabalho lançado em 2023. Agora, a reunião traz expectativa de uma grande turnê mundial aos fãs.
— Acredito que eles vão dominar como a maior banda do mundo em atividade, já que logo veremos grandes como Paul McCartney e Rolling Stones saírem de cena. Quando o Oasis surgiu, eu tinha certa implicância com o som e com aquela postura mais arrogante. Isso mudou, e que bom que mudou a tempo de assisti-los — completou Rigotto.